Com a média de uma morte no trânsito a cada três horas e meia, o final de semana do Dia dos Pais mobiliza as autoridades para a realização de mais uma edição da Operação Viagem Segura. As polícias rodoviárias Estadual e Federal devem redobrar a fiscalização durante três dias e já teve início. A ação, que começou zero hora de hoje, deve encerrar a meia-noite de domingo (12).
As atividades de policiamento devem contar com abordagens com foco no combate à alcoolemia no trânsito e, também, para verificação de documentos e situação veicular. O uso de radares estará presente nas ações, que devem priorizar pontos com índices elevados de acidentalidade.
Com base em dados estatísticos de infrações de trânsito e de acidentalidade com vítimas fatais, uma análise concluiu que a data comemorativa ocupa a segunda posição no ranking de acidentes em feriados e datas festivas, com média de 7,2 óbitos por dia de operação, atrás apenas do Dia das Mães (8,3 óbitos/dia).
Anos anteriores
Uma análise da data nos últimos 11 anos aponta um pico de acidentalidade fatal em 2012, quando morreram 33 pessoas em três dias. A menor média histórica foi em 2016 (3,3 mortes/dia), mas voltou a subir em 2017 (média de 8,7 mortes/dia). Nos últimos dez anos, 236 vidas foram perdidas no fim de semana de Dia dos Pais.
Quando se observa a distribuição das mortes pelos três dias de deslocamentos (sextas, sábados e domingos) de 2007 a 2017, destaca-se o sábado como o período de maior concentração de mortes – 9,3 em média, contra 6,2 na sexta-feira, e 8,1 no próprio domingo. A noite concentra a acidentalidade fatal nos três dias, superando as manhãs, tardes e madrugadas por larga margem.
Essas mortes aconteceram predominantemente nas rodovias (71%), sendo 40% em federais e 31% em estaduais. Vinte e uma vidas foram perdidas no município de Porto Alegre. Passo Fundo também foi destaque negativo nesse ranking, com 14 óbitos, seguido por Rio Grande e Pelotas, com oito mortes cada um. Dentre as rodovias, as que registraram maior acidentalidade fatal foram a BR 116 (20 óbitos), a BR 386 e a BR 290 (18 óbitos cada uma) e a BR 285 (17 óbitos).