Decretada preventiva de grupo envolvido em assassinato no presídio

O homem e as sete mulheres já estavam recolhidos ao presídio e foram notificados sobre a nova prisão a cumprir

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O Poder Judiciário acatou a solicitação da Polícia Civil sobre a prisão preventiva de oito detentos do regime semiaberto do Presídio Regional de Passo Fundo. Um homem e sete mulheres foram identificados e indiciados como autores de um homicídio ocorrido dentro da casa prisional, em maio deste ano.


Todos os envolvidos estavam encarcerados e apenas foram notificados, na tarde de ontem (17), sobre o novo mandado de prisão a cumprir. Quem solicitou as preventivas foi a delegada responsável pelas investigações, Daniela de Oliveira Mineto.


O grupo é responsável pela morte de Veroni Ferreira, de 35 anos. Na época, a mulher cumpria pena no alojamento feminino três, quando foi vítima de um ataque realizado por sete colegas de cela. Ela foi morta a facadas e o laudo pericial apontou 33 golpes desferidos no corpo da vítima.


A equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) iniciou as diligências e solicitou à casa prisional, na época do assassinato, a lista de todas as presas alojadas na mesma cela. Eram 18 mulheres. Dessas, sete participaram do crime, além de um homem, que alcançou ao grupo, as duas facas utilizadas para o delito.


O detento estava em uma cela separada, mas entregou as armas brancas através de uma jiboia – corda feita com pedaços de panos, como lençóis ou roupas. Segundo o chefe de investigações, Volmar Menegon, a polícia apurou que o preso é companheiro da mulher que liderou o ataque, motivo pelo qual contribuiu para o ocorrido.


O que provocou o crime, ainda conforme Menegon, foram motivos ligados à disputa de poder, além de represália, já que a vítima era uma espécie de líder entre as criminosas.


Veroni cumpria pena por tráfico de drogas e foi encontrada pelos agentes penitenciários com as pernas amarradas, escondida sob alguns travesseiros, depois que gritos foram ouvidos. Ela chegou a ser socorrida ao hospital, pelo Samu, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu.


O fato
Conforme boletim de ocorrência, os agentes ouviram os gritos, foram até o alojamento e questionaram o que havia ocorrido, mas as presas alegaram que o tom de voz era alto entre elas, pois mantinham uma conversa com os detentos de outro alojamento.


Logo em seguida, um objeto foi jogado no pátio, pela janela. Ao conferir, encontraram uma faca suja de sangue. Também foram ouvidos gemidos de uma mulher, o que fez com que os agentes retornassem à cela para nova conferência. Depois que as presas foram tiradas do local, os agentes deram falta de uma presa e a encontraram, já bastante ferida, a vítima.
Ao lado do corpo dela foi apreendida outra faca. Ambas as armas foram entregues à polícia.

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