Preservar vidas, coibir comportamentos que potencializam o risco de acidentes no trânsito, como embriaguez ao volante, excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas. Com tais objetivos, os órgãos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Brigada Militar (BM), Comando Rodoviário da BM (CRBM), Detran-RS e Polícia Civil estarão mobilizados na Viagem Segura de Revolução Farroupilha.
A 93ª edição da Operação se estenderá por cinco dias, desde a zero hora desta quarta-feira (19) até a meia-noite de domingo (23). A intensiva na fiscalização coincide com a Semana Nacional de Trânsito 2018 e faz parte da programação de ações das instituições parceiras. Em Porto Alegre haverá ainda megablitz na noite da quarta-feira.
Números
Analisando os acidentes do período de 2007 a 2017, o Detran-RS identificou que o Feriado Farroupilha tem uma média de 6,5 óbitos por dia, abaixo da média diária dos finais de semana em que não há Operação (7,3 óbitos/dia) – e um pouco acima da média geral dos 15 feriados e datas comemorativas em que é realizada a operação (6,3 mortes/dia). Isso corresponde a dizer que a cada 3 horas e 40 minutos, aproximadamente, uma pessoa perde a vida no trânsito, no Feriado Farroupilha.
A análise da data nos últimos 11 anos aponta um pico de acidentalidade fatal em 2011, quando morreram 35 pessoas em cinco dias. A menor média histórica foi em 2017 (3 mortes/dia), e a maior em 2014 (média de 9 mortes/dia). De 2007 a 2017, 266 vidas foram perdidas nos feriados de Revolução Farroupilha.
Dias
Quando se observa a distribuição das mortes pelos dias de deslocamentos, destacam-se os dias intermediários como o período de maior concentração de mortes – 7,2 em média, contra 6 no primeiro dia, e 6,3 no último. A noite concentra a acidentalidade fatal, superando as manhãs, tardes e madrugadas por larga margem.
Estradas
Essas mortes aconteceram predominantemente nas rodovias (65%), sendo 35% em estaduais e 30% em federais. Dezenove vidas foram perdidas no município de Porto Alegre. Caxias do Sul também foi destaque negativo nesse ranking, com nove óbitos, seguido por Pelotas, com sete, e Canoas e Passo Fundo, com seis mortes cada um.
Dentre as rodovias, as que registraram maior acidentalidade fatal foram a BR-116 (21 óbitos) e a BR- 285 (13 óbitos). Entre as estaduais, as com maior número de mortes são a RS-239 e a RS-122 (com sete óbitos cada).