Uma joalheria da área central foi alvo de criminosos na manhã de ontem (22). O fato ocorreu na rua General Netto, bem próximo ao Fórum. A dupla rendeu as funcionárias, bem como um cliente que estava no estabelecimento e roubou o material. A ação foi flagrada pelas câmeras de monitoramento.
As imagens cedidas ao Jornal O Nacional mostram o momento em que o primeiro assaltante chega ao estabelecimento e aguarda a porta abrir para entrar, já que a loja funciona com um sistema de tranca. Ele usa boné e óculos de grau e não anuncia o assalto no primeiro momento. Ao contrário, pede para a atendente sobre alguma peça que está em exposição na vitrine.
Enquanto é atendido, o comparsa – que também usa boné e óculos de grau – entra. Ele fala ao telefone, enquanto se dirige até o balcão onde está outra funcionária. Rapidamente puxa da cintura uma arma de fogo e ordena que as vítimas se dirijam para a sala dos fundos. Ele as acompanha, enquanto o outro bandido ordena a uma atendente que separe as peças de ouro – relógios e joias – e guarde dentro de uma mochila.
Segundo um dos representantes da rede de lojas, que preferiu não se identificar, a quantidade de objetos que foi levada é grande, mas poderia ser pior. “Como havia 20 funcionários dentro da loja, no momento em que chegaram, eles acabaram se atrapalhando um pouco. Não esperavam se deparar com tanta gente, mesmo assim levaram bastante coisa”, comenta.
Após pegar os objetos, voltaram para o carro que estava estacionado – um Cobalt de cor branca e quatro portas – e fugiram. A Brigada Militar foi acionada, mas não localizou os marginais. A equipe da 1ª Delegacia de Polícia investiga o caso.
Desamparados
Ainda segundo o responsável pela loja, as vítimas não só passaram pelo trauma do roubo, como, também, se sentiram desamparadas em relação ao policiamento ostensivo. “Saímos nas ruas atrás de viaturas e não vimos ninguém. Foram realizadas operações três dias seguidos, com tantos policiais, fuzis, viaturas, fardas camufladas, mas hoje – ontem – no horário de banco, de comércio, de lotéricas abertas, não estavam presentes. A gente se sentiu sem apoio nenhum”, desabafa.
O atendimento da ocorrência foi feito pelos membros da Bike Patrulha – policiais militares que atuam na área central. “Eles foram muito atenciosos, mas não tinham como perseguir um carro só com bicicletas”, comenta. Durante a tarde, um militar à paisana foi até o estabelecimento para saber maiores características dos criminosos, a fim de identifica-los.
A posição da BM
O comandante do 3° Regimento de Polícia Montada, tenente coronel Volnei Ceolin, afirma que havia viaturas em policiamento durante a manhã, como em todos os outros turnos, todos os dias. “Não conseguimos estar 24h por dia em todos os locais, como gostaríamos, mas nem por isso deixamos de fazer buscas. Assim que recebemos o chamado, todas as guarnições de serviço agiram”, esclarece e continua: “Não conseguimos evitar esse assalto e infelizmente não localizamos os assaltantes, porque também esbarramos na dificuldade da falta de detalhes, como a placa do carro ou a direção que seguiram, mas nós estávamos trabalhando, como sempre estamos”, conclui.