Quadrilhas atacam agências bancárias na região

Ações ocorreram simultaneamente nas cidades de Casca e Mato Castelhano

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Gate precisou ser acionado para detonar explosivo deixado em caixa eletrônico em Mato CastelhanoGate precisou ser acionado para detonar explosivo deixado em caixa eletrônico em Mato Castelhano
Gate precisou ser acionado para detonar explosivo deixado em caixa eletrônico em Mato Castelhano
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Distantes cerca de 50 quilômetros uma da outra, as cidades de Casca e Mato Castelhano, na região norte do Estado, foram novamente alvos de quadrilhas especializadas em ataques a caixas eletrônicos. As ações ocorreram durante a madrugada de ontem. Em Casca, eles explodiram as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Ambas instaladas no mesmo prédio. Em Mato Castelhano, a tentativa ocorreu em um Posto de Atendimento Eletrônico (PAE), do Banrisul. Os ladrões instalaram os explosivos, acionaram o disparador, mas não houve detonação. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Brigada Militar, precisou ser acionado para desarmar os artefatos nas duas cidades.


Posicionadas entre as moradias, as duas agências bancárias de Casca foram danificadas por disparos de arma de fogo e uma explosão durante a madrugada. O fato ocorreu por volta das 4h, conforme registrou o sistema de segurança do prédio. O prejuízo foi maior na Caixa Econômica Federal, onde a dinamite estourou.


Os criminosos agiram com planejamento. Enquanto um grupo instalava os artefatos nas duas agências – no cofre secundário da Caixa e num terminal eletrônico do Banco do Brasil – outro grupo atacava o posto da Brigada Militar, onde estava alojada a guarnição do 3° Batalhão de Operações Especiais. Houve confronto entre a polícia e os marginais.


Quando os estampidos da troca de tiros iniciaram, os assaltantes interromperam a ação, saíram da agência e atiraram para o alto. Os dois carros utilizados, um Honda City e um Logan, ambos com placas da região metropolitana, foram abandonados na “Linha 18”, região do interior do município, em direção a Paraí.


Pregos retorcidos foram espalhados por toda a rua e na rodovia. De acordo com o major Rogério Navarro, que coordenou as buscas pelos marginais, se tem suspeita de um casal que participou no apoio, espalhando os miguelitos para dificultar a perseguição.


Um malote foi visto nas mãos dos criminosos que saíram da agência. Até o fechamento desta edição não havia sido confirmado se algum valor foi levado do local. Documentos de contas bancárias, cheques preenchidos e materiais eletrônicos foram lançados para fora do prédio, devido a explosão. Os estilhaços de vidro atingiram as casas do outro lado da rua e deixaram marcas nas aberturas.


O Grupo de Ações Táticas Especiais da Brigada Militar estiveram no local, para retirada do artefato. Os três agentes chegaram de helicóptero, por volta das 11h. O trabalho se estendeu até o início da tarde. A área foi evacuada e um policial vestiu-se com equipamento próprio, para reduzir danos em casos de explosão. O material foi retirado sem incidência e explodido em uma área verde, com segurança.


Polícia Civil e Polícia Federal devem investigar o atentado, já que são bancos com diferentes jurisdições. Apesar do confronto, ninguém se feriu.

 

Segundo ataque em pouco mais de um mês
Localizado em um prédio ao lado da prefeitura de Mato Castelhano, na parte central da cidade, por muito pouco o Posto não sofreu a segunda explosão em pouco mais de um mês. Segundo moradores, a ação de ontem teria ocorrido por volta das 3h30min. Dois carros e uma moto foram vistos circulando nas imediações e levantaram suspeitas. A Brigada Militar de Passo Fundo foi acionada e se deslocou rapidamente ao município vizinho. 


Quando os PMs chegaram, encontraram apenas o caixa arrombado e o explosivo instalado, pronto para ser detonado. Por medidas de segurança, toda a quadra em frente a praça já amanheceu isolada. O expediente na prefeitura, que começa às 12h, foi suspenso.
Chefe de gabinete na prefeitura, Adair Rocha comentou que, praticamente no mesmo horário em que a quadrilha agia, um ônibus lotado de estudantes da escola Jorge Manfroi, saindo para uma excursão, teria passado pelo local. "Imagina o perigo de uma explosão", comentou.
Equipes da Brigada Militar, Polícia Civil, um caminhão do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo, e enfermeiros permaneceram no local. Após encerrar o trabalho em Casca, o Gate chegou em Mato Castelhano, por volta das 15h, em um helicóptero da Brigada Militar. A aeronave aterrissou em um campo de futebol da praça, em frente ao posto bancário.


O trabalho de remoção dos explosivos, feito por três operadores do Gate, durou cerca de 1h30min. Segundo o tenente Jacson Campos, foram deixados aproximadamente 2,5 quilos de explosivos no caixa. "Chegaram a acionar o detonador. Com esse volume o estrago seria grande no prédio", comentou. Os artefatos foram detonados na praça em frente ao prédio.


O posto eletrônico de Mato Castelhano é comandado pela agência do Banrisul da General Neto, em Passo Fundo. Conforme o gerente-adjunto, João Eloi Werlang, no dia 29 de setembro, o local já havia sido alvo de um ataque. "Naquela oportunidade houve a explosão e levaram uma quantia em dinheiro", afirma. Logo após a liberação do local, uma equipe do Instituto Geral de Perícia (IGP) iniciou o levantamento no local. A Polícia Civil de Passo Fundo vai analisar imagens registradas pelo sistema de monitoramento existente nas imediações.

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