Há uma semana uma transexual atirou contra um homem na Vila Popular, quando ele chegava ao ponto que é conhecido pela presença de pessoas que fazem programa. O fato foi registrado como um suposto assalto, com a lesão corporal (latrocínio tentado), mas a versão foi contestada pela autora dos tiros, que alegou legitima defesa.
Na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, a transexual que disparou contra o veículo em que estava o homem, alegou que sofria ameaças e retaliações por conta de não pagar a taxa imposta por outra transexual, que se diz cafetina. “Ela disse que comprou uma arma já esperando um ataque”, comenta.
Como a ação ocorreu em frente a um motel, os policiais foram até o estabelecimento e tiveram acesso às imagens. As câmeras mostram que o homem desembarcou do carro armado com uma garrucha. Ele apontou na direção da transexual e logo depois, acabou atingido por um tiro. “Não sabemos se ele chegou a disparar, mas fica claro que ele teria feito a primeira investida”, analisa.
Na tarde de ontem, a garrucha calibre 12, do homem ferido, e com um cartucho deflagrado (o que indica ter ocorrido um disparo) foi apreendida. O inquérito ainda está em andamento, mas as circunstâncias foram esclarecidas. “É um disputa pelo ponto”, conclui.