O Instituto Cultural Floresta fez uma nova doação de armas ao governo do Estado na manhã desta segunda-feira (10), em ato no Ginásio da Academia da Brigada Militar, na capital. São 1.200 pistolas da marca Glock, destinadas ao uso dos três Batalhões de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar - Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo - e dos pelotões de operações especiais de área (Poes). Esse lote de doação soma-se as 1.547 pistolas e fuzis, 46 viaturas, coletes, rastreadores e outros equipamentos já entregues deste o início da parceria da instituição com o Estado, intensificada ao longo deste ano.
Parcerias como a do Instituto Floresta com a Secretaria de Segurança Pública (SPP) originaram a lei complementar que criou o Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública do Estado do RS (Piseg/RS). A legislação, pioneira no Brasil, permite a doação de recursos pela iniciativa privada para aquisição de equipamentos à Segurança Pública, possibilitando às empresas contribuintes a compensação de valores destinados ao aparelhamento da segurança pública estadual, com valores correspondentes ao ICMS a recolher.
"Mais uma vez agradeço ao Instituto Cultural Floresta pela parceria, que já apresenta resultados concretos. Nossas forças policiais já trabalham com mais segurança, armas modernas e viaturas adequadas para a ação policial. Na semana passada, uma operação da Brigada Militar (amplamente noticiada pela imprensa) teve êxito porque os policiais estavam em uma Pajero blindada, doada pelo Instituto Floresta. Em outros tempos, os bandidos que responderam atirando contra a polícia poderiam ter atingido a viatura e seus ocupantes", afirmou o governador José Ivo Sartori.
O secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, destacou os resultados desta cooperação pioneira. "É o início de um movimento notável para a construção de novas realidades. Quando o Poder Público, a iniciativa privada e a comunidade se unem por um objetivo, realizam", ressaltou. Em sua fala, Schirmer anunciou que o governador Sartori assina decreto que transforma o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) em Batalhão de Ações Táticas Especiais. O Gate foi criado em 1990 pelo então governador Pedro Simon, presente na cerimônia.
O presidente do Instituto Floresta, Leonardo Fração, lembrou a criação da parceria e da legislação. "A coisa mais fácil é não fazer nada. O normal é fazer os que os outros já fizeram. Se expor ao diferente é muito difícil. E foi isso que este governo fez em prol da sociedade gaúcha", enfatizou Fração.
Segundo ele, o projeto não seria possível em outros governos. "Em pouco mais de 2 anos, este governo fez mais pela polícia e pela segurança do que qualquer outro. Não há muito mais o que fazer na área ostensiva. Agora só ajustes", avaliou Fração. Ele aproveitou para mandar um recado aos jornalistas que cobrem Segurança Pública: "sempre tem o benefício da dúvida ao policial".