Queda nos índices de criminalidade

Ano encerra com redução nos números de delitos considerados mais graves em Passo Fundo

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Os índices de criminalidade em 2018apresentaram significativa reduçãono município, especialmente em relação aos delitos considerados mais graves, pela violência como são praticados. No caso dos homicídios, por exemplo, a queda é de 40%, o que significa dizer que os números caíram quase pela metade. Em relação ao roubo com morte – latrocínio –, a queda é ainda maior: sete registros no ano passado, para um único este ano; uma baixa de 85%.

Outro delito que teve redução foi o roubo de veículo, trabalhado como uma das prioridades pela Polícia Civil. Os números caíram de 207, do ano passado, para 125 este ano, contabilizando 82 roubos a menos. Já em relação aos furtos de carros e motocicletas, a queda foi ainda maior. De um ano para o outro, a redução foi de 25%.

Além do trabalho já realizado nos últimos anos, a investigação atacou umacategoria delituosa antes não desenvolvida no município. Com a especialização de agentes e a criação de um núcleo policial, a atuação da inteligência culminou em uma das maiores operações de combate a lavagem de dinheirojá realizadas no RS.

Denominada como “Pólis”, a ação que ataca organizações criminosas especializadas em estelionato, na categoria do Bilhete Premiado, bloqueou mais de R$ 50 milhões em bens adquiridos, conforme a polícia, adquiridos com dinheiro obtido de forma ilícita.

O tráfico de drogas, embora não tenha sido principal foco de atuação, também não ficou para trás. Apenas, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), mais de 25 quilos de maconha foram apreendidos. Também foram retirados do domínio dos traficantes, pela mesma equipe, dois quilos de crack, 500 gramas de cocaína, 240 comprimidos de ecstasy, 15 gramas de MDMA – princípio ativo do ecstasy -, 25 tubos de lança perfume e 725 pontos de LSD, quantidade relevante da sintética conhecida como “doce ou papel”. Quase 20 pessoas foram presas durante as ações de combate ao comércio de entorpecentes.

Homicídios
Em seis anos, o número de homicídios é o mais baixo, segundo a delegada Daniela de Oliveira Mineto, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. De primeiro de janeiro até o final do dia de ontem foram 24 homicídios, com 25 mortes. Se comparado a 2017, quando foram 43 delitos, com 44 óbitos, a redução é de 40%.

A queda, conforme a delegada, está ligada diretamente ao trabalho ágil da equipe de investigação. “Nós temos equipes de sobreaviso diariamente, preparadas para ir até o local do crime. A visão do local faz toda a diferença para entender a dinâmica de como ocorreu o delito. Também conseguimos informações mais detalhadas com as pessoas que estão próximas, que presenciaram ou ouviram”, explica.

Em relação às tentativas de homicídio, também houve queda: foram 87 este ano, para 122 no ano anterior. “Trabalhar dessa forma reflete lá no Poder Judiciário, com a condenação, a punição e a prisão dos autores. Dessa forma a gente termina com a sensação de impunidade”, completa.

Feminicídios
Este ano os feminicídios passaram a ser investigados pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Em Passo Fundo foram 10 tentativas de feminicídios e outros dois que terminaram com duas mulheres mortas.

Desafios
Para a delegada Daniela, o desafio em 2019 é manter o número de crimes contra a vida reduzidos. Já para o titular da Draco, Diogo Ferreira, a meta para o próximo ano é ultrapassar o número de prisões realizadas pela Draco em 2018, intensificar o trabalho de combate a lavagem de dinheiro, com conclusão de mais inquéritos e mais apreensões de bens, além de focar na desarticulação das organizações criminosas, dentro e foram do presídio.

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