Oito pessoas envolvidas na fraude do leite foram condenadas pela Justiça de Erechim, durante segunda etapa da 7ª fase da Operação Leite Compensado, deflagrada em dezembro de 2014 na região norte do estado. A sentença foi assinada pelo juiz Marcos Luís Agostini na última sexta-feira, 1º de fevereiro. As penas variam de três anos de reclusão, em regime aberto, a sete anos e oito meses de reclusão, em regime semiaberto.
Conforme denúncia do Ministério Público, durante o período entre maio de 2014 até maio de 2015, quatro réus, sendo a proprietária de uma empresa e três motoristas, se associaram para praticar o crime de adulteração de produto alimentício com o intuito de aumentar o lucro da empresa situada em Mariano Moro. Para aumentar o volume do leite era acrescentado água ou bicabornato de sódio ao alimento quando ele apresentava acidez elevada, porém a prática reduz o valor nutritivo do leite.
Os outros quatro réus condenados são apontados na decisão judicial por terem recebido e mantido em depósito o produto adulterado. O posto de resfriamento, localizado em Jacutinga/RS, além de armazenar o leite adulterado, usava métodos imprecisos nas análises, para deixar o produto dentro dos padrões exigidos pela legislação, a fim de revende-lo.
Durante a operação, os coordenadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco – Segurança Alimentar), Mauro Rockenbach e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, atuaram na investigação.