A Polícia Civil desencadeou no final da tarde dessa terça-feira (12) a 4ª fase da Operação Pólis, denominada Azedou, em Passo Fundo. Foram cumpridas 11 ordens judiciais entre mandados de prisão, busca e sequestro de bens móveis e imóveis. Um homem de 38 anos foi preso preventivamente, um veículo importado, documentos, uma CNH falsa e cerca de 30 mil reais em dinheiro foram apreendidos.
Segundo o delegado Diogo Ferreira, nesta 4ª fase, o principal alvo era o indivíduo que foi preso preventivamente. "Mesmo após a deflagração da 1ª fase da operação, em junho de 2018, ele e seu grupo, continuaram a praticar diversos estelionatos. Ele seguiu lavando o dinheiro obtido com o crime. Diante deste fato e de todos os elementos colhidos ao longo da investigação, foi representada pela prisão preventiva dos investigados”, relatou Ferreira.
Após o encerramento das primeiras fases, onde foram cumprido buscas nas residências dos investigados, com apreensão de documentos, veículos, valores e sequestro de bens imóveis, foram instaurados inquéritos policiais para apurar cada núcleo criminoso dos estelionatários. “Foram realizadas analise das quebras de sigilo fiscal, financeiro e bancário dos investigados, onde foram apuradas mais de 10 atos de lavagem de dinheiro dos suspeitos, identificados os ‘laranjas’, aferido o patrimônio oriundo da lavagem de capitais proveniente dos estelionatos praticados pelo grupo”, explicou o delegado. Os dois principais suspeitos que aplicavam o conto do bilhete e mais 11 pessoas, que auxiliavam na lavagem de dinheiro, foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Entre anos de 2013 e 2018, os indivíduos suspeitos movimentaram em suas contas mais de 1 milhão de reais, dinheiro esse na sua grande maioria depósitos, transferências de valores oriundos de estelionatos do conto do bilhete. “No entanto, o valor movimentado pelo grupo criminoso é no mínimo 5 vezes mais que isso, visto que muito golpes aplicados os investigados pegavam os valores em dinheiro, e nestes casos não havia movimentação bancária, mas posteriormente esses valores eram utilizados para compra de veículos e imóveis em nome de laranjas, com a finalidade de branquear o dinheiro ilícito”, explicou o delegado.
Ao total são cinco veículos alvos de sequestro, avaliados em mais de 800 mil reais, três imóveis, avaliado em mais de 800 mil reais, pertencentes aos dois principais suspeitos. Entre móveis e imóveis, apreendidos e sequestrados totaliza mais 1,5 milhões de reais que, após o término do processo, com condenação, serão leiloados e as vítimas receberão os valores de volta. O restante será revertido para a Polícia Civil. Na apuração geral da Operação Pólis mais de 50 milhões de reais foram bloqueados/sequestrados entre imóveis e veículos e mais de 150 pessoas são investigadas pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.