Bebê de 21 dias morreu por asfixia, aponta IML

Laudo foi divulgado na semana passada; pais são os principais acusados

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O laudo de necropsia feito pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que o bebê Murilo de Lima, de 21 dias, morreu por asfixia na sexta-feira, dia 8 de março. A morte foi constatada no Hospital das Clínicas, quando o bebê deu entrada com sinais de agressão. O inquérito policial que aponta os pais do bebê como autores do crime foi remetido à justiça na semana passada. 

 

De acordo com a delegada Daniela de Oliveira Minetto, da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), o bebê possuía várias marcas no corpo. No laudo do IML ficou constatado que as queimaduras e assaduras, que se estendiam da região da perna até as costas do bebê, foram causadas pela má higienização da área – possivelmente pela não troca de fraldas.


A criança também possuía uma perfuração na língua, mas a perícia não conseguiu constatar o instrumento utilizado. Foi descartado abuso sexual. As queimaduras e laceração na região anal foram causadas por uréia.


A mãe, de 24 anos, e o pai, de 45, foram indiciados por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Eles permanecem presos.


O caso
O caso foi descoberto após o casal chegar ao Hospital das Clínicas (HC) por volta da 1h20 de sexta-feira (8) com a criança com parada cardíaca, mas ainda com os sinais vitais. Devido aos ferimentos espalhados pelo corpo e na genital, os médicos acionaram o Conselho Tutelar e a Brigada Militar. Aos médicos, os pais disseram que as lesões foram causadas por uso inadequado de uma pomada.


Com a morte da criança eles foram presos e recolhidos no Presídio Regional de Passo Fundo. O pai do bebê Murilo de Lima, de 21 dias, já possuía passagens por tentativa de homicídio e roubo qualificado. A mãe da criança teve que ser transferida para a Penitenciária Feminina Madre Pelletier, de Porto Alegre, após ser agredida dentro da cela em que estava.


Na época, a delegada Daniela disse que o caso foi feito com “resquícios de crueldade.” “É um crime que choca não só nós, mas o Brasil inteiro se for pensar, uma morte nessas condições de uma criança”, disse.

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