Tiro que matou bancário foi disparado por arma policial

Informação consta no laudo da perícia encaminhado à Polícia Civil. Crime aconteceu em dezembro de 2018

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O tiro que matou o gerente adjunto do Banco do Brasil, Rodrigo Mocelin da Silva, durante assalto em Ibiraiaras foi disparado por arma policial. A informação consta no laudo pericial do Instituto-Geral de Perícias (IGP), encaminhado à Polícia Civil para ser anexado no inquérito que apura as circunstâncias do crime. O bancário, que foi levado refém no porta-malas, foi atingido durante confronto entre assaltantes e policiais militares. A investigação está com a Delegacia de Repressão ao Roubo, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Porto Alegre. 

 

O ataque a duas agências bancárias e uma lotérica foi em dezembro de 2018. Era pouco antes das 14h, quando os assaltantes, fortemente armados, atacaram as agências do Banco do Brasil e Banrisul, localizadas lado a lado. O bando chegou encapuzado e efetuando disparos. O vigia da agência foi rendido. Funcionários e clientes foram feitos reféns e obrigados a formar um cordão humano. Os assaltantes ainda tentaram invadir uma agência lotérica em frente. Eles usaram uma marreta, mas não conseguiram estourar o vidro blindado.


Três vítimas foram levadas como reféns. Os assaltantes fugiram em dois veículos, modelos Voyage e Onix, ambos vermelhos. Para dificultar a perseguição, espalharam miguelitos (pregos retorcidos pelas ruas da cidade. Na localidade de PIO X, distante cerca de oito quilômetros do centro da cidade, ocorreram os confrontos. Foram pelo menos sete deles, em um intervalo de uma hora. No primeiro, enquanto os policiais trocavam tiros, os reféns saíram da outra ponta do mato, com as mãos para cima gritando por socorro. Neste momento, Rodrigo Mocelin da Silva já estava baleado. Os PMs socorreram a vítima até o hospital São José, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. A vítima trabalhava em Ibiraiaras havia 60 dias. Ele deixou a esposa e dois filhos.


Seis integrantes da quadrilha envolvida no crime também foram mortos, durante confronto no interior do mato. Em poder do bando, havia dois fuzis, revólver, pistola, coletes balísticos, duas mochilas com dinheiro e uma granada.

 

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