O caminhoneiro Clóvis Antônio Wanzeniak Teixeira, de 40 anos, foi encontrado decapitado na manhã de sábado (17) no Distrito Industrial de Gravataí. Ele era natural de Passo Fundo, mas há anos morava no município da região metropolitana. A suspeita da polícia é de que crime aconteceu por dívida de tráfico.
De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gravataí, Eduardo Amaral, Teixeira foi encontrado por um popular que acionou a polícia pelo 190. A denúncia foi anônima. No local, um bairro industrial pouco habitado, foi encontrado o corpo do caminhoneiro amarrado, envolto em um cobertor, com a cabeça dentro de uma sacola plástica, ao lado. Também havia marca de disparo de arma de fogo na cabeça.
O delegado acredita que Teixeira foi assassinado e depois decapitado. Foi solicitado coleta de material genético das cortas e necropsia.
Devido à forma com que foi morto, o delegado trabalha com a suspeita de que crime aconteceu por dívida com traficantes. “Alguns familiares que ouvimos informalmente disseram que ele era usuário de drogas. Ele foi tratado, passando um tempo em uma clínica, mas teve uma recaída. O que sabemos também é que era caminhoneiro e não estava exercendo a profissão. Então a linha inicial é que seja dívida contraída junto ao tráfico”, explica. Possivelmente a arma utilizada para o crime foi um revólver calibre 22.
De acordo com o delegado outros esquartejamentos já haviam sido registrados na cidade, mas nesses casos as vítimas eram envolvidas com facções, o que, até o momento, não se confirma sobre Teixeira.
A vítima completaria 41 anos no mês de setembro e foi reconhecida ainda no sábado por um irmão. Teixeira não portava nenhum documento ou telefone celular quando foi encontrado pelos policiais.
Oitivas são agendadas para esta semana e as investigações continuam.
