Oito são presos e 50 armas são apreendidas em operação contra caça ilegal

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Erechim e Lagoa Vermelha

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A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (27) oito pessoas suspeitas de terem envolvimento com crimes de caça ilegal de animais silvestres nos municípios de Erechim e Lagoa Vermelha. A operação, chamada de Bad Hunters, foi conduzida pela Delegacia Especializada de Proteção e Defesa do Meio Ambiente (Dema) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

 

Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão e apreendidas aproximadamente 50 armas de caça, munições, máquinas de recarga de munições, suprimentos para recargas de munições, silenciadores/supressores, lunetas, telefones celulares, licenças de controlador de javalis no Ibama (CTF), mais de 100 quilos de carnes de animais abatidos e armadilhas.

 

"A investigação teve início em dezembro de 2018, a partir de denúncias de que uma organização criminosa utilizaria indevidamente autorizações para manejo de javalis para os fins escusos de caça de toda a sorte de animais silvestres”, esclareceu a delegada Marina Ver Goltz. Além da caça ilegal de animais da fauna silvestre, conforme a delegada, também foi apurado que a organização criminosa realizava jantares restritos a convidados, nos quais era servida a caça abatida.

 

“Apenas o javali tem seu manejo autorizado pelo Ibama, em razão de ser espécie exótica invasora que tem causado uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, ameaçando o ecossistema. Deste modo, os integrantes da organização criminosa obtém autorização para manejo de tais animais, bem como adquirem legalmente armas através de cadastro junto ao Exército Brasileiro. Contudo, fazem uso desvirtuado destas autorizações para a caça de outros animais, cujo abate é proibido”, afirmou a delegada.

 

Conforme o diretor do Deic, delegado Sander Cajal, os acusados agiam em várias regiões do Estado e caçavam veados campeiros, tatus, capivaras, pacas, ratões do banhado, perdizes e perdigões.

 

Os investigados poderão responder pelos crimes previstos nos artigos 29 da Lei 9.605/98, com penas de detenção de seis meses a um ano, e multa, e artigo 2º da Lei 12.850/2013, com pena de reclusão, de três a oito oito anos, e multa.

 

A operação teve o apoio do Ibama, da Associação Riograndense de Proteção aos Animais, do Exército Brasileiro e da Corregedoria da Brigada Militar.

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