Trio assalta lotérica e faz idoso refém durante fuga

Os três envolvidos na ação foram detidos. Um deles acabou baleado

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Durante a fuga, trio  colidiu veículo contra canteiro central da Sete de Setembro na vila Vera CruzDurante a fuga, trio  colidiu veículo contra canteiro central da Sete de Setembro na vila Vera Cruz
Durante a fuga, trio colidiu veículo contra canteiro central da Sete de Setembro na vila Vera Cruz
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A Brigada Militar prendeu na tarde desta quinta-feira (5) os assaltantes Souzamar da Rosa, Rafael Cristiano Bitencurt e uma adolescente de 17 anos após roubarem uma lotérica no bairro Vera Cruz e fazerem um idoso refém. Rosa foi baleado no braço pelo dono do estabelecimento, que reagiu ao assalto, fugiu em um Pálio Weekend e foi capturado na rua Lajeado. Bitencurt fugiu do local, mas a Brigada Militar o localizou no bairro Zachia após denuncias. Com os três foram apreendidos dois revólveres calibre .32 com cinco munições intactas. Rosa foi encaminhado ao Hospital da Cidade, mas recebeu alta à tarde.


Marcia Maribel Baraci, de 54 anos, faz os serviços gerais na lotérica que funciona há três anos junto a um café no bairro Vera Cruz. Na cabine de 2x3 metros, ela contava o dinheiro ao lado do genro, de 31 anos, responsável pelo estabelecimento, quando Rosa entrou acompanhado de uma adolescente, que permaneceu à porta. Não havia clientes, conta Marcia, e o homem, de boné, chegou à cabine anunciando o assalto.
“Eu estava sentada atrás da lotérica, contando dinheiro, quando ele chegou com a arma apontada para o meu genro e pediu que entregasse o dinheiro”, recorda-se. Marcia diz que o genro estava com algumas notas de R$ 20, valor que não sabe calcular com precisão, e obedeceu ao pedido. “Mas ele disse que queria o dinheiro todo. Aí ele foi até na porta e bateu nela. Abriu um buraco. Foi quando abri a porta e meu genro já estava com a arma na mão, que ele deixa guardada, e ele fugiu.”


A porta, na lateral da cabine de vidro, tinha uma abertura, provavelmente feita com a arma que Rosa usava.


Segundo Marcia, no momento em que Rosa deu à volta na cabine seu genro sacou a arma, a apontando para o assaltante quando a porta foi aberta. O genro efetuou um disparo por de trás do vidro, quebrando parte da proteção, e saiu da cabine. Marcia não soube dizer quantos foram os disparos. Disse que pelo menos um deles acertou Rosa, que fugiu junto da adolescente.


“Foi terrível”, desabafou. “Nunca pensei em passar por isso. Pensei nos filhos, netos, em tudo isso. Agora entendendo o que é um filme passar rápido [pela cabeça]. Uma coisa é você ver algo por curiosidade, outra é você viver.”


Idoso refém


Da lotérica, Rosa e a adolescente entraram no veículo Pálio Weekend, guiado por Bitencurt, e seguiram em direção à rua Sete de Setembro. Na fuga, o carro capotou e os três seguiram a pé. A adolescente acabou sendo capturada ainda no local, mas Rosa e Bitencurt fugiram por um terreno baldio, chegando a casa de um idoso, na rua Lajeado.


O homem foi feito refém por minutos. De acordo com a Brigada Militar, foi feito uma negociação da Rocam com Rosa que soltou o refém e a arma no chão. O idoso, de 86 anos, foi encaminhado ao Hospital da Cidade junto do assaltante. Até a publicação desta matéria a vítima estava em estado estável.


O veículo foi retirado pelos órgãos de trânsito durante à tarde. Dentro dele era possível ver marcas de sangue no lado do carona, provavelmente dos ferimentos de Rosa após ser baleado na lotérica.


De acordo com a Brigada Militar, Bitencurt fugiu do local, pegou um coletivo urbano e desembarcou no bairro Zacchia. A inteligência do 3° Regimento de Polícia Montada juntamente com o 3°Batalhão de Polícia de Choque e 2°Esquadrão se deslocaram até o bairro e prenderam o indivíduo.


Rosa é irmão de Suzimar da Rosa, assaltante de alta periculosidade conhecido como Bem-Te-Vi, e que tem extensa ficha criminal.

 

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