Dois homens foram presos em flagrantes por receptação qualificada, adulteração de sinais identificadores e associação criminosa na manhã desta terça-feira (24) no bairro Nenê Graeff, em Passo Fundo. A operação conduzida pela Delegacia de Repressão de Ações Criminosas Organizadas (Draco) identificou o uso de um caminhão guincho adulterado pela dupla em um desmanche irregular. O local já havia sido alvo de operação em maio deste ano, quando foi interditado.
Segundo a Polícia Civil, os homens foram flagrados na posse de um caminhão M.Benz, placas LYR8177, que, em perícia preliminar do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), constatou estar com a caixa de câmbio do caminhão M.Benz, placas GUS0248, em situação de furto desde 2015. O chassi também estava com indícios de “transplante”, sem etiquetas de identificação e outras raspadas e com numeração da cabine destruída.
Um dos presos, de acordo com a Polícia Civil, é reincidente no crime de adulteração e receptação de veículo e possui um desmanche irregular, onde já foram apreendidos outros veículos em situação de furto e roubo.
De acordo com o delegado Diogo Ferreira, da Draco, a operação em maio que interditou o desmanche não mirava peças roubadas ou furtadas, apenas a identificação de locais credenciados e não. “A Operação [em maio] foi com relação aos desmanches que não eram credenciados ao Detran. Porque hoje, no Rio Grande do Sul, para vender peças usadas tem que ser cadastrado junto ao Detran para ter um controle feito pelo Detran com relação às peças. Então, aquela vez, esse local foi alvo e desde então ele não se regularizou. Ele nem foi atrás para se regularizar. Foi apreendido peças [na época] e hoje tinha peças de novo. Aquela vez não foi pego peças furtadas ou roubadas no local. Hoje também não. Mas localizamos o caminhão guincho que ele usava no local, e que estava com diversas irregularidades”, explicou.
Ainda conforme Ferreira, o homem que é reincidente nos crimes os pratica há pelo menos dez anos.
O desmanche não foi interditado hoje, mas a Polícia Civil deve encaminhar uma solicitação à prefeitura para que seja interditado “o mais rápido possível”. As investigações seguem. “Possivelmente em breve teremos outras operações”, destacou o delegado.