Secretaria de Educação não sabia sobre denúncias contra professor

Uma sindicância foi instaurada para averiguar o caso

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Professor e ex-diretor foi denunciado em 20 inquéritosProfessor e ex-diretor foi denunciado em 20 inquéritos
Professor e ex-diretor foi denunciado em 20 inquéritos
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A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) do Estado do Rio Grande do Sul não havia sido comunicada pela Coordenadoria Regional de Educação de Passo Fundo sobre as denúncias contra o professor César Zanella, de 56 anos, preso na quarta-feira (25) acusado de estuprar alunas do Instituto Assis Brasil, de David Canabarro.

 

Em nota, Secretaria destaca que o suspeito foi recebido na Coordenadoria Regional de Educação no mês de março após denúncia por parte de familiares de alunos da escola, mas que “até o momento não havia sido comunicada pela Coordenadoria Regional de Educação de Passo Fundo sobre o caso”. Ainda em março, conforme nota, o professor solicitou afastamento por licença-saúde, e desde então não tinha contato com as alunas.

 

O caso veio à tona no mesmo mês, quando alunas procuraram a Polícia Civil do município para denunciar os abusos sofridos pelo professor.

 

O caso mais antigo, de acordo com as denúncias, aconteceu em 2012.


Até o momento a polícia tem contabilizado 20 vítimas, que na época dos abusos tinham idades entre 12 e 16 anos, mas acredita-se que possam ser mais. Conforme o delegado Mario Pezzi, o homem se valia da condição de professor para assediar as alunas.

 

As práticas envolviam passar a mão no corpo das adolescentes ou pressioná-las com seu corpo.

 

Conforme o delegado, a prisão preventiva também foi expedida porque ele foi à casa de uma das alunas denunciantes ludibriá-la para que retirasse a queixa.

 

Zanella foi conduzido ao presídio de Guaporé na quarta-feira. O crime é inafiançável.

 

A Seduc destacou “que está acompanhando com atenção o caso relatado no Instituto Assis Brasil” e que “repudia quaisquer formas de violência contra alunos e funcionários que compõem a Rede Estadual de ensino e trabalha de maneira ativa em nome de sua proteção e bem-estar”. Uma sindicância também foi aberta para averiguar os fatos.      

 

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