Um adolescente de 12 anos sofreu bullying e foi agredido por outros três adolescentes, todos de 13 anos, dentro da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamenta Educarte, na manhã desta terça-feira (3), em Ernestina. Segundo o Boletim de Ocorrência, o trio chamou o aluno de “mulherzinha, puto, viado”. Todos foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Passo Fundo e o Conselho Tutelar foi acionado.
Os adolescentes são alunos da mesma turma, na Educarte. Ainda conforme o Boletim de Ocorrência, a ação foi filmada por um deles, e estava no celular, comprovando a agressão.
Segundo a diretora, Marley Petri, não foi a primeira vez que o trio havia agido daquela forma na instituição. Nas outras vezes, os alvos foram outros adolescentes, mas em todas elas os pais foram acionados. Desta vez, conforme Marley, por perceber a gravidade do problema, ela buscou a Brigada Militar e o Conselho Tutelar.
“São 171 alunos e aconteceram esses três casos. Acho que eles [estudantes] ainda não entenderam o que é o ambiente escolar, na questão do respeito. E eu friso muito essa palavra, tanto que todas as segundas de manhã eu, como diretora, faço reunião com todos os alunos e passo o que é escola, que a escola é deles, que é um ambiente de respeito e de amizade com o professor, com o colega”, destacou a diretora.
Segundo ela, um dos estudantes que agrediu o colega ela conhece desde o pré-escolar, mas outros dois são novos. “Então a gente fica triste porque a gente conhece os alunos”, lamentou.
Durante todo o ano, conforme Marley, foi trabalhado com os alunos sobre a importância do respeito e o cuidado com o ambiente escolar. As atividades envolveram profissionais da Secretaria de Educação, da Saúde e Brigada Militar. Após essa situação, a diretora sinalizou que as atividades devem continuar na unidade. “A gente vai continuar com o que viemos fazendo. Jamais vou desistir! Enquanto estiver dentro da escola jamais vou desistir! O mesmo digo desses alunos. Amanhã estaremos na escola e temos que nos entender e eles têm que entender e respeitar.”
Conforme o Boletim de Ocorrência, já havia sido conversado com os pais nas outras ocasiões, quando, também, houve registro de uma ata.