Com uma redução de 5% em relação a 2018, o balanço da acidentalidade em 2019 apresenta o menor número de mortes dos últimos 13 anos Além das mortes no local, são contabilizados os feridos que vêm a óbito em até 30 dias após o acidente. O estudo foi divulgado pelo Detran RS na última sexta-feira (29).
Foram 1.591 mortes nas ruas e estradas gaúchas no ano passado. O número é 13% menor do que em 2007 quando o Detran RS começou a contagem dos 30 dias, e 27% menor do que em 2010, ano do pico da acidentalidade no Estado, com 2.190 mortes no ano.
No ano passado, o Rio Grande do Sul registrou 1.448 acidentes com mortes nas ruas e estradas, quase 3% a menos que em 2018, quando ocorreram 1.488 acidentes fatais. Com leves variações, os acidentes mantêm as mesmas características do ano anterior: 58,5% ocorreram em rodovias, 35% foram colisões e 22,4% atropelamentos.
Os acidentes fatais ocorreram mais nas sextas e sábados, totalizando 38,3% do total de acidentes nesses dias da semana. O turno da noite foi o mais violento no trânsito, concentrando 34,7% dos acidentes fatais. As cidades com as maiores frotas também registraram maior número de acidentes. Porto Alegre encabeça a lista, com 77 acidentes fatais em 2019, seguido de Caxias, com 57, e Pelotas, com 50.
O perfil das vítimas também mantém uma similaridade com o ano anterior. Quase 30% dos mortos estava na condição de condutor. Em seguida, morreram mais motociclistas (23,8%) e pedestres (20,7%). A faixa etária que registrou o maior número de vítimas é a dos 30 aos 34, que concentrou quase 10% dos mortos no trânsito em 2019, seguido da faixa dos 65 aos 74 anos, representando quase 9% do total de mortes. Os homens seguem sendo maioria absoluta entre os mortos no trânsito, totalizando 79%.
Para o diretor-geral do Detran RS Enio Bacci, os números da acidentalidade refletem uma tendência que vem se solidificando aqui no Estado. “Desde 2010, quando teve início a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, o RS vem se destacando no cenário nacional com a redução gradativa das mortes no trânsito. Isso se deve a seriedade e consistência de programas de educação e fiscalização realizados pelo DetranRS e outros órgãos de trânsito das esferas municipal, estadual e federal. Mas ainda são números inaceitáveis, pois estamos falando de vidas. Não podemos descansar enquanto não chegarmos ao índice zero.”