Caso Planalto: "Quero evitar um linchamento moral da mãe", diz advogado

Jean Severo defende a tese de homicídio culposo causado pela reação dos medicamentos

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Uma mãe que nunca teve problemas de relacionamento com o seu filho, amorosa, mas que tomou uma decisão errada em um momento de bastante estresse emocional. É desta forma que o advogado Jean Severo descreveu Alexandra Dougokenski, que confessou ter matado o filho  Rafael  na cidade de Planalto. Ele comenta que é de conhecimento de toda a comunidade local que nuca houve atritos entre ela e o filho. 

Ao tomar conhecimento do caso de Planalto, Severo disse que se sentiu motivado a trabalhar na defesa de Alexandra, pois este é um caso com uma repercussão grande, e que com sua experiência no Tribunal do Júri, poderia auxiliar para que a justiça fosse feita da maneira correta. O advogado é acostumado a atuar em casos de grandes repercussões, como foi o do menino Bernardo Boldrini; da Boate Kiss e o caso de Bento Gonçalves, onde a uma mulher que foi alvejada por cinco tiros beijou o homem que desferiu os disparos durante o seu julgamento. 

Severo disse ter conversado com Alexandra, e que a tese da sua defesa é de homicídio culposo. Segundo ele, Rafael foi morto pela reação dos medicamentos ministrados pela mãe. Ao perceber que o menino estava morto, ela tomou a decisão errada, em um momento de muito estresse emocional, onde houve a ocultação do corpo do menino, crime pelo qual ela também responderá. “Ela tomou uma decisão errada, que foi de ocultar o corpo do menino. Poderia ter tomado outra atitude, como chamar ajuda, mas é preciso considerar que isso aconteceu em um momento de bastante estresse emocional, momento em que ela percebeu que o seu filho estava morto”, disse o advogado. 

Severo disse querer evitar um “linchamento moral”, de Alexandra. O caso tomou uma repercussão muito grande e a intenção, segundo ele,  é de que a justiça seja  feita de uma forma correta. “Sou um apaixonado pelo Tribunal do Júri, nas conversas que tive com ela, eu percebi em sua fala uma coerência muito grande”, esclareceu ele. 

O advogado ainda aguarda alguns laudos do Instituto Geral de Perícia para avaliar de que forma serão estruturados os detalhes da defesa. Contudo,  destacou que, com base  nas conversas com a mãe do menino, ressaltou que ela agiu sozinha.

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