A Polícia Civil e o advogado Jean Severo, responsável pela defesa de Alexandra Dougokenski, pediram a realização de uma reconstituição do crime ocorrido na cidade de Planalto. O objetivo é confrontar as teses e avaliar as contradições expostas entre as versões da mãe de Rafael Mateus Winques, que indica crime culposo, e da Polícia Civil, que indica que houve um crime doloso.
Alexandra Dougokenski prestou novo depoimento para a Polícia Civil no último sábado em Porto Alegre. Ela falou com os policiais por mais de cinco horas. Durante o depoimento, manteve a sua versão de homicídio culposo, alegando que a morte do filho aconteceu de forma acidental, por ingestão de medicamento. Após perceber que a criança estava morta, ela ocultou o corpo do garoto.
A polícia, porém, confronta a versão da mãe com um laudo do IGP, que indica que o garoto teria sido morto por asfixia. Os policiais seguem colhendo depoimentos dos familiares de Alexandra com o objetivo de saber se ela agiu sozinha, tanto na morte do garoto, quanto na ocultação do cadáver.
O advogado de Alexandra, Jean Severo, contesta a versão de asfixia, dizendo que a lesão apontada no laudo aconteceu no transporte do corpo do menino até o local onde ele permaneceu por 10 dias. Severo ainda destacou que aguarda os demais laudos do IGP para dar sequencia ao trabalho de construção da tese da defesa. “Não temos todos os laudos ainda, mas o Instituto Geral de Perícias nos informou que há prioridade neste trabalho, então acreditamos que até o final desta semana, ou até o começo da próxima semana teremos todos em mãos”, comentou ele. O advogado ainda disse que tanto, a Polícia Civil, quanto a defesa de Alexandra solicitaram a realização da reconstituição do crime, e que isso deve acontecer assim que todos os laudos do IGP estiverem prontos.