CASO RAFAEL: Polícia quer esclarecer divergências com novos depoimentos

Chefe de Polícia do RS, delegada Nadine Anflor, falou em cautela nas investigações durante coletiva

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Diego Camargo/Portal TchêDiego Camargo/Portal Tchê
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“Não precisamos ter pressa, vamos fazer uma investigação bem feita, e  entregar ao Ministério Público um trabalho bem completo”. É desta forma que a Chefe de Polícia do RS, delegada Nadine Anflor, definiu a investigação sobre o crime em Planalto durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira. 

Oito dias depois de Alexandra Dougokenski ter assumido a autoria do homicídio do seu filho, Rafael Winques, de 11 anos, representantes da Polícia Civil, o Ministério Público e Instituto Geral de Perícia, realizaram uma reunião de colaboração institucional para  definir o desenrolar das investigações. Foram realizadas diligências na cena do crime e no local onde o corpo foi encontrado, com o objetivo de preparar a reconstituição, que deve acontecer no prazo de 15 dias. 

Contradições 

Na coletiva, a delegada Nadine destacou que houve divergências entre os depoimentos da mãe e do irmão de Rafael, porém não detalhou quais seriam os fatos contraditórios. “Novos depoimentos podem acontecer e, desta forma, essas contradições podem ser esclarecidas”, comentou ela. A delegada confirmou a presença de três pessoas na casa onde aconteceu o crime.  Além da vítima, Rafael, está comprovado que a sua mãe Alexandra e o irmão estavam no local. “Não estamos excluindo ninguém, mas neste momento da investigação não é possível afirmar se houve, ou não, participação de mais pessoas”. 

Investigação cautelosa 

Nadine comentou que a investigação deve acontecer de forma cautelosa. Ela enfatizou que inquérito não deve ser entregue antes do prazo de 30 dias, período em que Alexandra ficará em prisão temporária. A policial ainda aguarda laudos do IGP para definir alguns encaminhamentos. 

Os moradores do imóvel onde o corpo de Rafael foi encontrado ainda não retornaram de viagem. Eles também devem ser ouvidos. A polícia pretende esclarecer se alguém tinha acesso ao interior da casa. “Neste momento o imóvel está isolado e vamos aguardar o retorno dos moradores para ouvi-los”, comentou ela.  Algumas informações ainda precisam ser confirmadas, por exemplo, a origem da caixa de papelão usada para ocultar o corpo do menino.  

IGP irá fazer a reconstituição do crime

A diretora geral do Instituto-Geral de Perícias, Heloisa Helena Kuser, também conversou com a imprensa. Ela esteve em Planalto para avaliar o local onde, em 15 dias, deverá acontecer a reconstituição do crime. 

Ela comentou que é importante avaliar o local com antecedência para preparar todos os elementos necessários para realização deste trabalho. Segundo ela, o trabalho pericial está acontecendo de forma 'bastante cautelosa'.  “São várias perícias diferentes que se comunicam, então não vamos estipular uma data precisa para entregar todos os laudos”, finalizou ela.

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