A polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias divulgaram nesta segunda-feira (15) a data em que será realizada a reconstituição dos fatos que levaram a morte do menino Rafael Mateus Winques. O garoto de 11 anos foi encontrado sem vida na cidade de Planalto, dez dias depois que a sua mãe, Alexandra Dougokenski, registrou o desaparecimento da criança, no dia 15 de maio. Os policiais chegaram até o corpo, que estava escondido em uma casa na vizinhança onde ele morava, depois que a mãe confessou o crime.
Os trabalhos de quinta-feira na cidade de Planalto e serão geridos pela perita criminal Bárbara Cavedon, do Departamento de Criminalística do IGP. A Reprodução Simulada dos Fatos, conhecida popularmente como reconstituição, foi solicitada pela autoridade policial que preside o inquérito, delegado Ercílio Carletti, sendo uma das mais complexas perícias criminais realizadas pelo IGP. O objetivo é verificar a viabilidade e possíveis contradições da maneira com que os fatos ocorreram.
Segundo a chefe de polícia, delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, a Reprodução Simulada dos Fatos será fundamental para esclarecer as circunstâncias e dinâmica do crime, além da participação das pessoas envolvidas.
Para a diretora-geral do IGP, Heloisa Kuser, a realização da RSF demonstra a importância do IGP em apresentar as provas periciais e o empenho da instituição para a revelação dos fatos.
O criminalista Jean Severo, responsável pela defesa de Alexandra defende a tese de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo ele, o Rafael morreu depois que sua mãe administrou medicamentos, posteriormente, em um momento de grande estresse emocional, tomou a decisão “errada” de ocultar o corpo do menino.
Dependendo da quantidade e complexidade das versões apresentadas, dos elementos a serem analisados, e dos quesitos a serem respondidos, o laudo pode demorar até 30 dias para ser remetido à Polícia Civil de Planalto.