Caso Rafael: Reconstituição busca contradições nos depoimentos

A Reprodução Simulada dos Fatos aconteceu na noite de ontem (18)

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Bruno Reinehr/Rádio Planalto News Bruno Reinehr/Rádio Planalto News
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O Instituto Geral de Perícias, juntamente com a Polícia Civil, realizaram, na noite de ontem (18) a Reprodução Simulada dos Fatos (reconstituição) do caso Rafael Mateus Winques, na cidade de Planalto. O trabalho foi realizado em duas etapas, primeiramente com Alexandra Dougokenski, mãe do garoto, e que confessou ter provocado a sua morte, e em seguida, com o irmão de Rafael, que também estava dentro da residência onde o crime aconteceu. 

Segundo o delegado Joerberth Nunes, responsável pelo Departamento de Polícia do Interior, o objetivo do trabalho é avaliar as contradições existem entre os dois depoimentos. “Durante a reprodução simulada são filmados cada um dos fatos, e nós vamos indagando, para comprovar o que o ocorreu desde o momento em que a criança estava utilizando o celular, até o momento em que foi retirado o celular dele, e o que aconteceu após a ingestão do medicamento, segundo a alegação da Alexandra”, comentou o delegado. 

Durante entrevista coletiva no final da tarde de ontem, o policial declarou que durante depoimento, Alexandra alegou, que na madrugada do crime, teria tocado na criança e  verificado que as mãos dela estavam geladas e os lábios estavam roxos. Com isso, entendeu que a criança estaria morta. Ela disse ter envolto a criança em uma corda sobre a cama, e puxado do interior da residência até a varanda da casa ao lado, onde  colocou o filho dentro da caixa de papelão com os retalhos em cima. O laudo do IGP, produzido a partir da reconstituição deve apontar se há coerência no depoimento. “Uma das contradições que queremos ver, é a alegação dela de  que não houve o estrangulamento, e que a marca no pescoço da criança é pelo fato da corda estar envolta nos braços (da criança), e que em algum momento  se desprendeu e foi até o pescoço. O laudo vai apontar se isso é compatível”, destacou Joerberth.  

Alexandra, que está em um presídio na região metropolitana, chegou na cidade de Planalto ainda pela manhã. Durante a tarde, teve um mau súbito e precisou ser medicada. Ela ficou desacordada por aproximadamente duas horas. Após retomar a consciência,  aguardou o momento da perícia com alguns familiares.

A expectativa é que o resultado da constituição seja concluído em 30 dias. 

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