A Polícia Civil de Marau concluiu na tarde de segunda-feira (22), o inquérito sobre o policial militar que alvejou um homem, no dia 19 de abril. O engenheiro Gustavo dos Santos do Amaral, 28 anos, passava pela avenida perimetral de Marau, quando foi atingido por disparos de arma de fogo durante uma ação policial. A Brigada Militar realizava uma operação para recuperar uma caminhonete roubada na cidade de Casca.
Durante a fuga, os bandidos que roubaram a caminhonente colidiram com o carro onde estava a vítima, Gustavo Santos do Amaral, que ao ser confundido com um dos criminosos, foi alvejado, não resistindo aos ferimentos.
O inquérito possui mais de 200 páginas e conta com um croqui detalhado do local dos fatos, dos veículos e das das pessoas e seus deslocamentos. A Polícia Civil concluiu que o soldado agiu em erro, numa legítima defesa putativa (imaginária), onde na ocasião, em sua percepção, a vítima era um perigo iminente. O delegado Norberto dos Santos Rodrigues entendeu que o policial confundiu o celular que o rapaz segurava com uma arma.
O inquérito foi remetido ao Judiciário, sendo que o Ministério Público deve analisar e poderá concordar com o entendimento do delegado, pedir mais investigações ou realizar a denúncia do policial à Justiça.
Inquérito Militar
A Corregedoria-Geral da Brigada Militar informou que indiciou o soldado que atirou contra Gustavo dos Santos Amaral. A Corregedoria identificou indício de crime militar que resultou em um homicídio. A corporação informou que o conjunto de provas aponta para o crime, mas não deu detalhes.Após a finalização do inquérito policial militar, será aberto um Conselho Disciplinar que pode resultar em punição do soldado.