A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (28), uma operação que teve como objetivo desbaratar uma organização criminosa que atua há mais de cinco anos na região Sul do Brasil no desvio/furto de cargas de grãos. Com o apoio do 1° Batalhão Rodoviário da Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal e Brigada Militar, foi realizado o flagrante dos criminosos no momento em que chegaram com a carga de grãos de arroz em Cruz Alta, onde seria descarregada e vendida com notas frias. No momento em que os criminosos começaram a descarregar a carga de grãos, foram surpreendidos pela polícia. Além da prisão em flagrante foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Cruz Alta e Ijuí/RS, em empresas e casas de suspeitos de integrarem a organização criminosa.
Com a ação policial realizada nesta terça-feira, nove integrantes da organização criminosa foram presos em flagrante e autuados pelos crimes de furto qualificado mediante fraude e organização criminosa, sendo recuperadas 39 toneladas de arroz avaliadas em R$120 mil e devolvida para a empresa vítima do golpe.
Esta ação policia iniciou no domingo (26), com o monitoramento dos investigados enquanto preparavam o caminhão que seria usado no desvio de uma carga de arroz. Durante a segunda (27), o caminhão foi monitorado indo a Pelotas, onde entrou numa empresa e foi carregado com uma carga de 39 toneladas de arroz, que deveria ser entregue no Estado do Maranhão. Logo no início do trajeto, a carreta alterou a rota e indo no sentido de Cruz Alta, uma das bases do grupo criminoso, e culminou nas prisões em flagrante no dia desta terça-feira.
As investigações, realizadas em conjunto com a Delegacia de Polícia de São Miguel das Missões, apuraram que o grupo criminoso investia o dinheiro dos furtos na compra de veículos, caminhões e imóveis na região de Ijuí e Cruz Alta. O grupo criminoso possui vários integrantes e vários caminhões registrados em nome de “laranjas”, havendo grande alternância de motoristas. A organização criminosa, baseada nas cidades de Cruz Alta e Ijuí, já causou prejuízos que superam os bilhões de reais, segundo estimativas extraoficiais da empresa APISUL – Reguladora de Sinistros Ltda. Cooperativas agrícolas e pequenos silos estão entre as principais vítimas.
As investigações prosseguem na Draco de São Luiz Gonzaga com o objetivo de identificar e prender todos os demais integrantes da organização criminosa e identificar o patrimônio auferido pelo grupo criminoso, para que as cooperativas, pequenos silos e empresas lesadas sejam ressarcidas.