Familiares das vítimas do triplo homicídio pedem justiça

Em coletiva, advogado diz que plano era usar um explosivo

Por
· 2 min de leitura
Luciano Breitkreitz/ON Luciano Breitkreitz/ON
Luciano Breitkreitz/ON
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

No último dia 23 de julho, a polícia concluiu o inquérito policial sobre crime hediondo que resultou na morte de três pessoas no bairro Edmundo Trein, em Passo Fundo. O crime aconteceu no dia 19 de maio. Três pessoas da mesma família foram encontradas sem vida, asfixiadas com lacres plásticos. Foram assassinados Kétlyn Padia dos Santos, 15 anos, a tia dela, Diênifer Padia, 26 anos, e o pai, Alessandro dos Santos, 35 anos. 

Nesta quinta-feira (30), o advogado Gustavo da Luz, que representa os familiares das vítimas, em entrevista coletiva, ressaltou o pedido dos familiares para que a comunidade auxilie na prisão dos três envolvidos, que seguem foragidos.

No relatório final da investigação, realizada pela Delegacia de Polícia Especializada de Homicídios e Desaparecidos de Passo Fundo, foram indiciados: o casal Eleandro Roso e Fernanda Rizzotto, Claudiomir Rizzotto, (irmão de Fernanda), o ex- PM Luciano Costa dos Santos, e a companheira dele, que não teve a prisão solicitada pela polícia. 

A Polícia apontou que o crime foi motivado por um relacionamento extraconjugal entre Eleandro e sua funcionária Diênifer, do qual nasceu uma filha. Pelas investigações, o crime começou a ser planejado com a confirmação do exame de paternidade. Eleandro, a esposa e o cunhado são apontados como os mandantes. Eles contrataram o ex-PM, acusado de planejar e contratar outras duas pessoas para a execução. A dupla ainda não foi identificada. 

O alvo inicial era apenas Diênifer, porém Kétlyn, e seu pai Alessandro, acabaram mortos por testemunharem a ação dos assassinos. A investigação apontou que a esposa do ex-PM teria ido, dias antes, na casa onde Diênifer morava para comprar um telefone celular e fazer o reconhecimento do local.

Dos quatro acusados que tiveram a prisão decretada, apenas Eleandro está preso preventivamente desde o dia 27 de junho.  Fernanda, Claudiomir e Luciano estão na situação de foragidos. 

O processo está com a Promotoria de Justiça, que avalia se oferece denúncia contra os indiciados em relação aos fatos apurados pela investigação. “A família das vítimas está dilacerada pela perda ocorrida e, neste momento, vem sofrendo, não só a dor da perda brutal e desproporcional, que seus entes queridos foram tirados de suas vidas, mas pela falta de efetivação da punição daqueles que merecem estar atrás das grandes, conforme bem demonstrou a investigação e ordenam as leis que regem o país”, disse o advogado. 

Plano era usar explosivo

Durante a entrevista coletiva, o advogado Gustavo da Luz apresentou novos fatos sobre a investigação. Segundo ele, nos primeiros dias após o crime, a investigação recebeu uma denúncia anônima de que uma bomba seria jogada na casa onde o alvo do crime, Diênifer Padia, morava. Durante a prisão de um dos suspeitos, os policiais encontraram um artefato explosivo. “O que nos surpreende é que quando ele foi preso, estava na casa de outra pessoa, e neste local foi encontrado um artefato explosivo”, disse Gustavo. As pessoas que estavam neste endereço presas por porte de arma, mas sem relação com o triplo homicídio.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Fernanda Rizzotto, Claudiomir Rizzotto e Luciano da Costa Santos dever[a ser encaminhada à Polícia Civil por meio do telefone 197 ou 3313-7854. 

Gostou? Compartilhe