Nove suspeito de quadrilha responsável pelo maior ataque a banco em SC estão presos

Prisões aconteceram em cidades da região da Serra, Metropolitana e Litoral Gaúcho, além de uma mulher presa em São Paulo

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Divulgação/BMDivulgação/BM
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Pouco mais de 48 horas após o assalto ao Banco do Brasil de Criciúma, em Santa Catarina, que deixou a cidade sitiada por aproximadamente duas horas, na última terça-feira (1), uma força- tarefa que reúne órgãos de seguranças do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, prendeu nove suspeitos de integrar a quadrilha que cometeu o crime. A investigação está sendo feita pelas autoridades policiais de Santa Cataria com prisões acontecendo em outros Estados.

Menos de 24 horas depois do roubo, considerado o maior de Santa Catarina, os policiais localizaram um galpão utilizados pelos assaltantes nos dias que antecederam ao crime. O local fica no município de Içara (SC), distante aproximadamente 20 quilômetros da agência bancária assaltada. O Instituto Geral de Perícias constatou que no local foram pintados de preto os veículos utilizados na ação. A suspeita é que parte da quadrilha deixou este local em direção ao 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), onde um caminhão foi incendiado.

O crime aconteceu na madrugada de terça-feira, quando uma quadrilha de aproximadamente 30 integrantes sitiou a cidade de Criciúma, colocando fogo em caminhões e fechando os acessos à cidade, com o objetivo de assaltar uma agência bancária. Por aproximadamente 1h40min eles ocuparam as ruas centrais da cidade, fizeram reféns, e realizaram diversos disparos de armas de grosso calibre. Eles chegaram a trocar tiros com policiais. Duas pessoas ficaram feridas, sendo um policial e um vigilante de uma empresa de segurança privada. Os bandidos levaram uma quantia em dinheiro não divulgada oficialmente pelo Banco do Brasil. Horas depois os policiais encontraram 10 carros utilizados no crime abandonados em uma lavoura nas proximidades de Criciúma.


Uma prisão em São Paulo

Na manhã de quarta-feira (2), pouco mais de 24 horas depois do crime, os policiais realizaram a primeira prisão de uma pessoa suspeita de ligação com a quadrilha. Policiais do 25º Distrito Policial de São Paulo prenderam, em uma casa no bairro Jardim Reimberg, uma mulher. Depois de receber uma denúncia anônima, os policiais foram até o local e encontraram os cartuchos de fuzil calibre 7,62 mm, o mesmo utilizado no crime, além de carregadores de pistola calibre 9mm, drogas, 10 telefones celulares, um porta fuzil e uma caixa com acionadores de explosivos.


Três presos no Litoral

Na tarde de quarta-feira (2), outros três suspeitos foram presos entre Torres/RS, próximo à divisa com Santa Catarina . Os três foram presos pela Polícia Rodoviária Federal e conduzidos até a DP de Araranguá/SC. Com eles, havia R$ 49 mil. Um deles foi identificado por testemunhas, que afirmam sua participação no aluguel de uma casa na região de Três Cachoeiras, onde uma pessoa seria presa no dia seguinte.


Duas prisões na região Metropolitana

Em uma ação contínua à prisão dos três suspeitos em Torres, a Polícia Rodoviária Federal abordou outros dois suspeitos na cidade de São Leopoldo. A abordagem aconteceu em um viaduto da BR-116. Os suspeitos, com idade de 30 e 44 anos, são naturais de São Paulo. Com eles foram encontrados a quantia de R$ 8.1mil. Eles estavam transitando em um veículo suspeito de ser utilizado no deslocamento da quadrilha para o Rio Grande do Sul durante a fuga após o assalto. Na manhã de quinta (3), os presos foram conduzidos para Santa Catarina.


Mais um preso no litoral 

Na madrugada de quinta-feira (3), o Bope de Santa Catarina, com apoio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, prendeu um suspeito em uma casa na cidade de Três Cachoeiras, distante 120 km de Criciúma. A investigação da polícia apontou que este local possivelmente foi utilizado como ponto de transição durante a fuga dos assaltantes. No local foram encontradas roupas sujas de sangue, acionador de explosivos, oito celulares e um furgão. O homem preso disse aos policiais que recebeu a quantia de R$ 5 mil para queimar os objetos utilizados no crime.


Duas prisões na Serra Gaúcha

Na manhã de quinta-feira (3), a Polícia Civil prendeu duas pessoas em Gramado, região da Serra Gaúcha. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma casa alugada por meio de um aplicativo. Um homem, natural de Minas Gerais, foi encontrado na residência. Ele é suspeito de ter ligação com a facção criminosa apontada como executora do crime. Durante a ação dos policiais, um homem que estava na casa correu para uma região de mata que fica nas proximidades, ele foi alcançado e preso pelos policiais.


Ação Integrada entre forças de segurança

Durante uma entrevista coletiva, na quinta-feira, o vice-governador e secretário da Segurança Pública do Estado, Delegado Ranolfo Vieira Júnior explicou a atuação das forças de segurança gaúcha nas últimas horas, que apoiam integralmente às Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal (PRF) e também à Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina (SSP-SC) desde o momento que o ataque foi constatado. “É um trabalho de apoio das forças de segurança do nosso estado ao estado de Santa Catarina. Quem investiga o caso é a polícia de Santa Catarina, pois o fato ocorreu lá. Então, nós estamos aqui na condição de apoiadores, dentro da questão da integração existente entre os dois estados da Federação Brasileira”, disse ele.


Linhas de investigações

A Polícia Civil de Santa Catarina informou que tem várias linhas de trabalho referentes à investigação do assalto ao Banco do Brasil. A investigação é coordenada pela Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC). “Estamos trabalhando intensamente, em fase de reunião de informações, vestígios, indícios. Há várias linhas de trabalho e uma série de diligências sendo realizadas com o apoio de colegas de especializadas da DEIC e de várias unidades policiais de Santa Catarina, além da integração com policiais de outros Estados”, ressalta o Diretor da DEIC, Delegado de Polícia Luis Felipe Fuentes.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina informou que grande parte das ações realizadas estão sendo mantidas em sigilo para evitar prejuízos para os órgãos de segurança, mas que na medida em que os fatos estão sendo esclarecidos, as informações estão sendo repassadas para os órgãos de imprensa. 

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