Se a estiagem em Passo Fundo não amenizar nos próximos 30 dias, a Corsan vai colocar em prática um plano de racionamento de água na cidade. “Estamos chegando num momento crítico”, alerta o superintendente regional da Corsan, Aldomir Santi.
A escassez de chuva vem castigando Passo Fundo desde 2019.
O déficit acumulado, 677,7 milímetros, reflete na Barragem da Fazenda da Brigada Militar, às margens da BR 285. Ontem, o volume de água estava 3,9 metros abaixo do nível normal, mesmo recebendo reforço com a transposição do Rio Jacuí. A reserva hídrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 40 a 45% da população do município.
Santi esclarece que nos próximos 30 dias devem ser observados três fatores: o índice pluviométrico, as temperaturas e o consumo da população. Se a falta de chuva seguir, associada a temperaturas mais elevadas e o consumo de água não reduzir, o racionamento de água deverá iniciar no final de maio.
A Corsan já fez o mapeamento da cidade com divisões por setores, e caso for necessário, haverá uma distribuição de águas nestes setores.
A Barragem da Fazenda é responsável pelo abastecimento das regiões localizadas do Rio Passo Fundo em direção aos bairros Petrópolis, São José, Parque Farroupilha e São Luiz Gonzaga. Enquanto a Barragem do Miranda é responsável pelo abastece a região localizada da ponte na avenida Brasil em direção ao centro.
Conforme o superintendente, mesmo com a barragem do Miranda com um nível considerado satisfatório, não significa que as regiões abastecidas serão excluídas de um possível racionamento. Caso seja necessário, pode haver uma inversão no fluxo de abastecimento para alternar as regiões, numa espécie de rodízio. Diante da situação, Santi alerta a população sobre a importância de um consumo consciente.