“Tentei fugir com as crianças no colo, mas não consegui”, relata professora de creche

Funcionária da escolinha vivenciou de perto as cenas de horrores durante atentado

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Tragédia ocorreu na escola municipal Escola Pró-Infância Aquarela (Foto: Divulgação/ON)Tragédia ocorreu na escola municipal Escola Pró-Infância Aquarela (Foto: Divulgação/ON)
Tragédia ocorreu na escola municipal Escola Pró-Infância Aquarela (Foto: Divulgação/ON)
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Uma das professoras da Escola Pró-Infância Aquarela, que pediu para não ser identificada, vivenciou de perto as cenas de horrores durante o ataque, que resultou na morte de cinco pessoas. Segundo ela, as quatro crianças estavam dormindo no momento do ataque. 

Como de costume, por volta das 10h30min, as educadoras serviam os pratos para o almoço, no corredor, usado como refeitório e também para atividades recreativas, quando uma delas percebeu a presença de um indivíduo estranho no portão. 

“Nesse momento fui até a sala de aula para acordar as quatro crianças. O almoço é servido por volta das 10h30min. Minha colega, a Keli foi até o portão verificar. Em seguida ouvi gritos, correria. Ele estava armado com facão, uma espada e uma barra de ferro. Tentei pegar as quatro crianças no colo para correr, mas não consegui. Ele pulou um muro, que divide as salas e veio na minha direção. Meus braços amoleceram. Tinha um olhar de raiva. Conseguiu correr para a rua pedindo socorro. Ele atacou as crianças na sala” contou ao ON. 

A Escola Pró-Infância Aquarela tem cerca de 35 a 40 crianças, mas na manhã de ontem, 20 delas estavam no educandário. Mesmo sendo uma cidade de porte pequeno (pouco mais de nove mil habitantes) a professora disse nunca ter visto o autor do crime. “Fiquei sabendo que trabalha numa fábrica de roupas, mas não o conheço”, relata. 

O clima de comoção tomou conta de Saudades. O comércio fechou as portas ontem. O prefeito Maciel Schneider (PSL) decretou luto. “Não tem muito o que falar numa hora dessas. Só nos resta rezar muito” disse emocionada. 

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