No último final de semana um confronto entre grupos rivais na Terra Indígena Serrinha, em Ronda Alta, causou a morte de duas pessoas. Os indígenas mortos faziam parte de um grupo de oposição ao atual cacique da reserva. O grupo dissidente foi expulso das terras e, quando se preparava para realizar uma manifestação às margens da ERS 342, houve o confronto. Veículos foram queimados e casas depedradas.
Após o conflito, a Brigada Militar permaneceu em alerta na região para evitar que novos confrontos aconteçam. Além disso, nesta semana, a Força Nacional de Segura se deslocou até Ronda Alta para auxiliar nos trabalhos.
O Ministério Público Federal (MPF), é um dos órgãos que está atuando para mediar o conflito. Por meio de uma nota oficial, o MPF esclareceu que a situação de disputa entre dois grupos em Serrinha vinha sendo acompanhada há meses, tendo sido expedidos diversos ofícios para a FUNAI e o Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI) para ciência e adoção das providências quanto à mediação do conflito interno, além de ofícios à Brigada Militar (BM) e à Polícia Federal, solicitando auxílio no âmbito da segurança pública, inclusive no dia anterior ao confronto.
Após tomar ciência do confronto de sábado, o MPF realizou, no mesmo dia, uma reunião virtual de emergência para a definição de uma estratégia conjunta voltada à imediata cessação dos atos de violência.
No dia seguinte o MPF solicitou o emprego emergencial da Força Nacional de Segurança Pública no local, que confirmada na segunda-feira (18).
Desde então, o MPF está realizando diversas reuniões com entidades e órgãos para garantir a segurança nas Terras Indígenas no Estado, e discutir providências para minimizar a violência, entre elas, o combate ao arrendamento.