A Polícia Civil desarticulou na manhã de hoje (2), uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e contrabando de cigarros. Os 25 presos hoje atuavam nas cidades de Passo Fundo, Panambi, Ijuí, Campo Bom, Vacaria, Guaporé, Alvorada, Pelotas e Erechim.
A investigação da Polícia Civil apontou que alguns presos também estavam envolvidos em homicídios que aconteceram na cidade. O Delegado Adroaldo Schenkel, Diretor da 6 DPRI Passo Fundo, e o Delegado Diogo Tomczak Ferreira, da Draco Passo Fundo, deram detalhes da operação em uma coletiva de imprensa.
O delegado Diogo Ferreira comentou que a investigação começou em maio do ano passado, quando os policiais identificaram uma movimentação de dinheiro e drogas. “As drogas chegavam em Passo Fundo e o dinheiro ia para a região metropolitana do Rio Grande do Sul e também para a região de Foz do Iguaçú”, explicou ele. Além disso, uma carga de cigarros que foi apreendida no segundo semestre do ano passado, corroborou ainda mais com a investigação, e os policiais conseguiram avançar em alguns pontos. “Em seguida nós apreendemos um veículo que veio da região metropolitana para Passo Fundo buscar dinheiro”, explicou ele. A grande quantia de dinheiro estava escondida em um compartimento oculto do automóvel.
A investigação identificou aproximadamente 50 traficantes de diversas cidades da região que estavam interligados pela a célula de Passo Fundo. Ela era responsável por uma parte significativa do tráfico que acontecia no Rio Grande do Sul, sendo comandada da cadeia Pública de Porto Alegre. Foram presas 25 pessoas, sendo que 21 foram por meio de cumprimento de Mandado de Prisão Preventiva. “Três eram lideranças do tráfico, e com eles presos, desestruturamos a organização criminosa”, disse Diogo.
A polícia também investiga se a célula está ligada a homicídios que aconteceram na cidade nas últimas semanas, visto que podem ter ocorrido disputa por regiões de traficância, resultando em mortes quando não havia acordo entre os envolvidos. “Vamos trocar informações com a Delegacia de Polícia de Proteção à Pessoa para verificar o envolvimento destes presos com outros crimes, como homicídios que aconteceram na cidade nos últimos dias em Passo Fundo”, disse o delegado.
Os criminosos utilizavam empresas para fazer a lavagem de dinheiro, a investigação apontou que comércios, especialmente localizados em áreas de invasão, como a linha férrea, serviam para “esquentar” o dinheiro do tráfico e do contrabando. O delegado explica que essas empresas trabalhavam muitas vezes sem documentação, como o Alvará de funcionamento, por exemplo.
A investigação deverá prosseguir, já que serão analisados os celulares apreendidos, bem como outros materiais, como armas e munições.