Um indígena é condenado por tentativa de homicídio e outro por porte ilegal de arma

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O Tribunal do Júri condenou um indígena pelo crime de tentativa de homicídio com pena reclusão de três anos e quatro meses e outro, por porte ilegal de arma a dois anos de reclusão. Os outros foram absolvidos. O Conselho de Sentença, formado por cinco homens e duas mulheres, reuniram-se, na tarde de ontem (25), após quatro dias de julgamento em que ficaram isolados de qualquer contato exterior. A sessão foi presidida pela juíza federal substituta Priscilla Pinto de Azevedo, da 3ª Vara Federal de Passo Fundo.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o vice-cacique e outros nove homens, que integravam a polícia indígena. Narrou que o vice-cacique tinha inimizade com seu meio-irmão e mandou os outros indígenas irem na casa dele, que chegaram no local e atiraram nas pessoas que estavam lá. Os disparos atingiram um indígena, que também tinha desavenças com o vice-cacique, e os dois filhos do meio-irmão, que faleceu. Os fatos aconteceram no interior da Terra Indígena de Votouro, localizada em Benjamin Constant do Sul, no dia 8/3/18.


Julgamento

A sessão do Tribunal do Júri começou na terça-feira (22), com o sorteio dos jurados. Ainda pela manhã foi ouvida o depoimento de uma das vítimas. Na tarde, a segunda vítima e também duas testemunhas de acusação contaram sua versão dos fatos e responderam aos questionamentos da juíza e procuradores.

No dia seguinte (23), foi ouvida a última testemunha de acusação e mais duas de defesa. Os advogados solicitaram que fosse realizada uma acareação entre uma das vítimas e uma das testemunhas de acusação, o que foi atendido pela juíza. Na sequência, iniciaram os interrogatórios dos réus, quando prestaram depoimento três acusados.

Na quinta-feira (24), foram ouvidos os outros sete réus. Em seguida, iniciou o debate entre MPF e defesas. Neste dia, dois acusados precisaram de atendimento médico.

Ontem (25), na parte da manhã foram definidos os quesitos a serem respondidos pelos jurados. O Conselho de Sentença reuniu-se a portas fechadas, mas com a presença da juíza e dos procuradores de acusação e defesa. Os jurados responderam os quesitos que foram contabilizados pela magistrada, que anunciou o resultado da votação.


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