Servidores da Polícia Civil de Passo Fundo aderiram à paralisação estadual que aconteceu terça-feira (29) e quinta-feira (31). Nestes dois dias, os servidores atenderam somente casos de flagrantes ou com maior gravidade, como homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha.
A representante do UGEIRM Sindicato em Passo Fundo, entidade que representa os escrivães, inspetores e investigadores de polícia no Rio Grande do Sul, Dalva Rejane Azambuja, comentou que a paralisação foi definida ainda no dia 22, quando mais de 5 mil policiais civis, policiais penais, servidores do IGP e do Detran-RS, ocuparam as ruas de Porto Alegre, pedindo a reposição salarial.
Além da falta de reposição salarial, os servidores buscaram a abertura de um diálogo com a população, expondo problemas da segurança pública no Rio Grande do Sul, como a falta de efetivo, e as más condições de trabalho da Polícia Civil.
Também apoiaram a paralisação os sindicatos representantes dos delegados de polícia, comissários, servidores do IGP, e da Brigada Militar.
Segundo Dalva, é importante que a população saiba que a mobilização não é relacionada a aumento de salário, mas de reposição, que está com déficit superior a 20%. O governo do estado chegou a receber representantes da categoria, porém apresentou uma proposta de reposição de 6%, que foi rejeitada. Na próxima segunda-feira (4), o governador Ranolfo Vieira Júnior, irá receber novamente representantes da categoria para apresentar mais uma proposta. Os rumos da manifestação serão definidos após esta audiência. Segundo Dalva há a possibilidade de servidores de outras categorias, também ligadas a segurança pública, aderirem às manifestações caso a proposta não seja aceita.