Polícia Civil deflagra a 2ª fase da Operação Falso Seguro em Ciríaco

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Na manhã desta quinta-feira (22), a Polícia Civil, através da DP/Ciríaco, com apoio da Draco de Passo Fundo, Brigada Militar e Detran, deflagrou a 2ª fase da Operação Falso Seguro. Foram o cumpridas de seis ordens judiciais, sendo três mandados de busca e apreensão e três ordens cautelares de afastamento de funções. Dentre os afastamentos, são dois policiais militares e outro indivíduo que possuía delegação de serviço público do Detran. A suspeita da polícia é que eles estavam envolvidos no golpe do falso seguro.

 

Investigações

Segundo o delegado Diogo Ferreira, as investigações iniciaram em 2016, por meio de informações e relatos de falsas solicitações de guinchos. Assim oficiaram-se as seguradoras, obtendo-se uma lista com os acionamentos realizados neste município e o nome dos segurados. Após realização das oitivas, foi constata a fraude, identificando-se a realização de falsos acionamentos tendo como local do fato a cidade de Ciríaco. Os policiais constaram que entre os anos de 2016 e 2017, nas cidades de Ciríaco e Soledade os investigados constituíram e integraram organização criminosa voltada à prática de ilícitos penais contra o patrimônio, tipificados como crime de estelionato.

Os policiais requisitaram as gravações dos acionamentos realizados as empresas seguradoras, nas quais se identificou uma das investigadas, como a interlocutora, quem efetuava as ligações solicitando as remoções, passando-se por familiar dos segurados. Em todas ela indicava a base de guincho investigado como local próximo e de sua escolha para prestação do serviço, que nunca iria ocorrer. Segundo o delegado, a investigada dizia nas ligações que "aceitava atendimento de qualquer base de guincho da cidade, menos do concorrente local'.

O delegado destacou ainda que os investigados se aproveitavam dos vínculos e convênios que possuíam com empresas seguradoras, efetuando falsos acionamentos para serviços de guincho e de táxi, os quais eram previamente endereçados para as empresas de sua propriedade. eles simulavam a prestação dos serviços de guincho em veículos diversos e de segurados diversos que não haviam solicitado o serviço, recebendo os repasses financeiros pelas seguradoras, como se os serviços efetivamente tivessem sido prestados.

Uma das empresas investigadas, pertencia a dois policiais militares. A outra empresa utilizada no golpe pertencia aos pais de um deles, além do que, era a base de Guincho vinculada ao Detran/RS.

O delegado destacou os investigados adulteravam informações, falsificavam assinaturas em documentos, ludibriando as empresas a fim de comprovar a prestação dos serviços de guincho/táxi e, consequentemente, receber os repasses financeiros pelo aludido serviço.

De forma a manter o desenvolvimento da prática criminosa, os investigados mantinham frequente contato telefônico, valendo-se de seus terminais particulares, além da utilização do terminal vinculado à BM de Ciríaco.


Primeira Fase  

Em 13/04/21 foi deflagrada a 1ª fase da operação, com cumprimento de mandados de busca e apreensão para as residências dos investigados, diligência em que foram apreendidos documentos, munições e aparelhos celulares, provas que foram crucias na materialização dos crimes praticados.

Segundo o delegado, devido a complexidade e desdobramentos dos fatos, a investigação se estendeu por um longo período, sendo constatando a ocorrência de, ao menos, 58 falsos acionamentos e, destes, foi ofertada denúncia por 36 fatos de estelionato (acionamentos fraudulentos em prejuízo de quatro seguradoras). Além dos crimes de estelionato e Organização Criminosa, houve um Furto Qualificado de objetos do interior de veículo que estava recolhido junto ao pátio do investigado que possuía delegação do Detran.

Nas buscas nesta manhã ainda foi apreendido material de remarcação de vidros veiculares, realizado de forma irregular pelo investigado.

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