Flordelis é condenada a 50 anos de prisão pela morte do marido Anderson do Carmo

Já a filha da ex-parlamentar, Simone foi condenada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.

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Flordelis afirmou que os abusos que Anderson do Carmo cometia dentro de casa, inclusive contra ela, foram a motivação do assassinato - Foto TJRFFlordelis afirmou que os abusos que Anderson do Carmo cometia dentro de casa, inclusive contra ela, foram a motivação do assassinato - Foto TJRF
Flordelis afirmou que os abusos que Anderson do Carmo cometia dentro de casa, inclusive contra ela, foram a motivação do assassinato - Foto TJRF
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Após mais de seis horas de julgamento na 3ª Vara Criminal de Niterói, a ex-deputada federal Flordelis e sua filha biológica, Simone dos Santos Rodrigues, foram condenadas te domingo pelo homícidio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. O julgamento, que teve início na última segunda-feira (7/11) e se estendeu por sete dias, foi presidido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói. 

Flordelis foi condenada a a uma pena de 50 anos e 28 dias por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além uso de documento falso e associação criminosa armada. Já a filha Simone foi condenada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.

Rayane dos Santos, neta biológica da ex-deputada, e Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, filhos adotivos de Flordelis, foram inocentados.

Denúncia

Conforme a denúncia do Ministério Público, Flordelis foi a responsável por planejar o homicídio do marido, além de ter convencido o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio, tendo ainda financiado a compra da arma e avisado sobre a chegada da vítima no local em que foi executado.

As investigações apontaram ainda na denúncia, que o crime teria sido motivado porque a vítima mantinha controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas da ex-deputada em detrimento de outros membros da família.

Durante o interrogatório, a Flordelis afirmou que os abusos que Anderson do Carmo cometia dentro de casa, inclusive contra ela, foram a motivação do assassinato. Ela negou envolvimento na execução do crime, e lembrou que dois filhos foram sentenciados pela execução, mas disse que, por não estar na cena do crime, não saberia dizer quem foram os autores

Outros condenados 

Em novembro de 2021, o Tribunal do Júri de Niterói condenou Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da ex-deputada federal Flordelis, a 33 anos 2 meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Ele foi denunciado como autor dos disparos de arma de fogo que provocaram a morte do pastor Anderson. Na mesma sessão de julgamento, Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo de Flordelis, foi condenado por homicídio triplamente qualificado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi acusado de ter sido o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor.  


No dia 13 de abril deste ano, o Tribunal do Júri de Niterói condenou outros quatro réus: o filho biológico de Flordelis Adriano dos Santos Rodrigues, a quatro anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto por uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada; o ex-PM Marcos Siqueira Costa, a cinco anos e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, e sua esposa Andrea Santos Maia, a quatro anos, três meses e dez dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto por crimes de uso de documento ideologicamente falso, duas vezes, e associação criminosa armada, em concurso material; e o filho afetivo de Flordelis Carlos Ubiraci Francisco da Silva, pelo crime de associação criminosa armada a dois anos, dois meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto. No dia 28 de abril, a Vara de Execuções Penais do TJRJ concedeu liberdade condicional a Ubiraci.




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