Família marca protesto por morte de mulher após parto

“Acredito que a morte da minha filha não foi à toa”

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Jaqueline de Quadros da Silva Ferreira faleceu após complicações de cesárea  - Foto: Arquivo PessoalJaqueline de Quadros da Silva Ferreira faleceu após complicações de cesárea  - Foto: Arquivo Pessoal
Jaqueline de Quadros da Silva Ferreira faleceu após complicações de cesárea - Foto: Arquivo Pessoal
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No próximo domingo, dia 9 de julho, está marcado um protesto em frente ao Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo. A mobilização é organizada por amigos e familiares de Jaqueline de Quadros da Silva Ferreira, que denunciam a possibilidade de ter ocorrido erro médico, decorrendo com a sua morte. 

Jaqueline deu à luz no dia 23 de junho e quatro dias após faleceu, no dia 27 de junho. O protesto é mais uma ação da família que está sofrendo muito pela perda. A família registrou na última sexta-feira, 30 de junho, um boletim de ocorrência, solicitando a investigação da polícia.

Jaqueline atuava como influencer, compartilhando o dia a dia do cuidado com as crianças. Em seu Instagram @ajaquequadros a conta com 42,8 mil seguidores, onde ela compartilhava o dia a dia no cuidado com as crianças e a expectativa pela vinda da terceira filha. “Ela foi dar à luz, uma coisa simples, que é para ser o momento mais lindo na vida de uma mulher e saiu de lá dentro de um caixão”, afirma a mãe de Jaqueline, Dulce Rheinheimer Pinto.

Parto

Segundo Dulce, Jaqueline foi acompanhada durante toda a gravidez por uma doula e que por isso o Hospital de Clínicas foi escolhido, por deixar que a doula acompanhasse o parto. “Até então a gente sabia que ela saiu de casa às 4h da manhã e às 8h ela ganhou a Maria Flor, tem o vídeo dela conversando com o bebê em seguida. Logo começaram as complicações, tiveram que abrir ela de novo. Após o enterro dela começamos a receber algumas denúncias falando  que foi erro médico, aí a revolta veio. Acredito que a morte da minha filha não foi à toa é para fazer alguma coisa, porque é inadmissível uma pessoa entrar no hospital bem e sair morta. Sei que não vai trazer ela de volta, mas não pode ficar impune”, finalizou.

De acordo com Dulce, Jaqueline cuidava dos filhos, Valentim de 6 anos e Beatriz de 5 anos e estava junto com o marido Rôni Ferreira da Silva há quase 10 anos. “Nesse mês de julho ela faria 25 anos. Ainda estamos tontos, fechamos nosso negócio porque com tudo o que aconteceu, ganhei três filhos pequenos para cuidar”, lamentou.

Inquérito policial

A delegada da Polícia Civil, Daniela de Oliveira Minetto, informou que as investigações estão sendo realizadas. “Assim que tomamos conhecimento do fato instauramos Inquérito Policial para apurar se houve negligência ou imperícia no atendimento da vítima. Agora solicitaremos documentação ao hospital e ouviremos testemunhas. Também conseguimos garantir a solicitação de exame de necropsia”, explicou.

Hospital de Clínicas

“O Hospital de Clínicas de Passo Fundo vem a público esclarecer sobre os fatos recentemente compartilhados nas redes sociais. Nos solidarizamos com familiares e amigos e lamentamos profundamente o desfecho do caso.

Reafirmamos o compromisso da instituição e seus profissionais com a assistência qualificada e humanizada em saúde, esclarecendo que todos os esforços e meios necessários foram empregados durante a internação da paciente”. 


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