O furto de fiação elétrica não é um crime novo, muito pelo contrário, vem sendo combatido há anos pelas autoridades policiais. Porém, os impactos causados por esse tipo de crime são enormes, tanto para as pessoas, com a falta de energia elétrica, quanto para o poder público e as companhias do ramo. Somente neste ano, a obra de revitalização da Avenida Scarpellini Ghezzi, no Bairro Lucas Araújo enfrentou três furtos de fios elétricos.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de Passo Fundo, João Darci Gonçalves da Rosa, não se tem uma estimativa de metragem que foi furtada, pois as ocorrências foram registradas pela empresa responsável pela obra, mas que a Secretaria tem enfrentado o mesmo problema em outras regiões da cidade. “Temos outros pontos que enfrentamos esse problema, podemos citar as praças públicas, nas demais obras que a prefeitura está executando, e em outros pontos que às vezes não chega ao nosso conhecimento. A prefeitura tem colaborado com imagens buscadas junto ao videomonitoramento, inclusive, isso tem facilitado para que se descubra os autores desse delito. A Brigada Militar já efetuou diversas prisões em flagrante delito, no entanto, essas pessoas buscam esse produto para atender às suas necessidades adquiridas através do vício em drogas”, explica.
De acordo com o delegado da 1ª Delegacia da Polícia Civil, Gilberto Mutti Dumke, imagens de câmeras de videomonitoramento, além de depoimentos vêm sendo colhidos na investigação do caso. “Esse furto de fios não é um crime novo, mas há de forma variáveis, pode ser isso em redes, eventualmente alguma casa desocupada e em obras”, disse.
Material nobre
Conforme o delegado, os criminosos buscam por material nobre para venda. “É um grande prejuízo, tem que fazer toda a instalação de novo, é uma questão de preço do mercado, a tendência maior é que o interessa é o cobre não propriamente a utilização de todo o material por quem furta, ele é revestido por algum outro material, por isso, muitas vezes queimam para que fique somente o cobre. Não sabemos ainda se é alguém ou um grupo, mas sabemos que é alguém que têm alguma mínima noção de eletricidade, como retirar isso”, pontuou.
Devido ao material ter alto valor no mercado, o diretor da empresa COB Infraestrutura Ltda, Deniz Benedetti, conta que o prejuízo ultrapassa R$ 40 mil e que, ao todo, foram furtados 2.500 metros de fiação.