A Operação Padrão, deflagrada pela Polícia Civil de Passo Fundo, chega ao 10º dia e sindicato dos escrivães, inspetores e policiais civis (Ugeirm) do Estado do Rio Grande do Sul não descarta possibilidade de greve geral. De acordo com uma nota do sindicato, o objetivo da Operação não é prejudicar o trabalho de qualquer setor da Polícia Civil, mas alertar para a importância da corporação “no combate à violência que atinge à população gaúcha e repudiar os ataques desferidos pelo governo, que colocam em risco a própria existência da instituição”.
A mobilização da categoria busca pressionar o governo do Estado e a Assembléia Legislativa a derrubar os pontos que atingem a Polícia Civil no pacote de mudanças apresentadas pelo governador Eduardo Leite, e que devem ir à votação em dezembro.
A Ugeirm critica, principalmente, medidas como o aumento das alíquotas de contribuição de ativos e inativos, o fim das promoções periódicas, a restrição às atividades sindicais e o não reconhecimento da paridade e da integralidade aos policiais que ingressaram após 2015. Por outro lado, o sindicato saúda o fato de que o governo decidiu recuar e manter a paridade e integralidade da aposentadoria com a ativa para quem ingressou na Polícia Civil até 2015.
Possibilidade de greve
Presidente da Ugeirm do Estado do Rio Grande do Sul, Isaac Delivan Lopes Ortiz, disse que uma greve geral não é descartada e que deve ser debatida na assembléia que será realizada no dia 10 de dezembro, em Porto Alegre.
São esperados pelo menos 4 mil policiais civis de todo o estado do Rio Grande do Sul. Após a assembléia está prevista uma marcha até o palácio Piratini onde deve acontecer um ato contrário
“A categoria está muito indignada. Essa será uma das maiores assembléias feitas. A nossa intenção é continuar com essa movimentação ate a votação do pacote, que começa no dia 17 de dezembro. A intenção da policia é nos acamparmos em Porto Alegre, uma quantidade enorme de policiais, para combatermos esse pacote ali, junto com as demais categorias”, destacou Ortiz.