BRUNO TODERO/ON
Dentro dos próximos dias, o município estará entregando à Corsan o novo contrato com a Companhia, com validade de 25 anos. Ontem, o que vinha se transformando em novela terminou em acordo entre oposição e situação na Câmara de Vereadores,que aprovou definitivamente a assinatura do convênio. O texto final já havia passado pelo crivo dos parlamentares na segunda-feira passada (05), quando os mesmos propuseram 15 emendas modificativas a redação
original do contrato. As alterações foram então analisadas pelo Executivo, que, na extafeira (09) decidiu por sancionar oito. As sete que foram vetadas, no entanto, tinham de ser submetidas a nova apreciação da Câmara, o que aconteceu na noite de ontem, em uma sessão extraordinária, convocada pelo presidente da mesa diretora, Luiz Miguel Scheis (PDT), ao fim da sessão ordinária. Antes da votação, os vereadores se reuniram na sala da presidência e acordaram que aprovariam os vetos, desde que algumas das medidas propostas fossem discutidas novamente mais tarde, entre elas a devolução de uma área na vila Annes que foi repassada pelo município ao Estado há mais de 40 anos, mas que não vem sendo aproveitada pela Companhia.Na hora do voto, o placar apontou 10 favoráveis e apenas um contrário, do vereador Aristeu Dalla Lana (PTB). A sessão foi acompanhada por cerca de 20 funcionários da regional da Corsan.
Entenda a tramitação
O novo contrato entre o município e a Corsan foi construído após mais de um ano de negociação entre as partes envolvidas, além de duas audiências públicas.Em 29 de maio deste ano, o projeto de lei que autorizava a assinatura do convênio foi protocolado na Câmara, onde teve de tramitar as pressas, já que o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que financiará uma parte das obras da Corsan na cidade,estipulou prazo para a firmação do convênio. Esse prazo encerrou ontem. Contudo, segundo o presidente da Câmara, o Executivo já teria acertado com o BNDES a prorrogação do prazo para o dia 22 deste mês. Na análise da Corsan, se o contrato final não tivesse sido aprovado na Câmara nesta segunda-feira, era grande o risco de o banco cancelar o aporte de recursos.