Natália Fávero/ON
O candidato a governador do Estado, José Fogaça (PMDB), da coligação Juntos pelo Rio Grande, esteve mais uma vez em Passo Fundo para intensificar a campanha na reta final do período eleitoral. Mas, dessa vez, veio acompanhado do vice, Pompeu de Mattos (PDT). Fogaça acredita chegar ao segundo turno e disse não estar preocupado com as pesquisas. Durante passagem pela cidade, ele concedeu entrevista coletiva no aeroporto e depois participou de uma passeata no centro da cidade que culminou com um comício, em frente à Catedral.
O candidato chegou ao aeroporto Lauro Körtz na tarde de sexta-feira, às 16h50. Dezenas de militantes, candidatos e prefeitos da região esperavam Fogaça e o vice no local. Ao desembarcar respondeu as perguntas da imprensa e seguiu em direção a Praça Tochetto, no centro da cidade. Cumprimentou a comunidade e alguns lojistas. O prefeito Airton Dipp (PDT), mais uma vez fez as honras da casa e caminhou ao lado do candidato. Por volta das 18h, encerrou as atividades na cidade com um comício.
Fogaça disse não estar preocupado com as pesquisas que apontam a vitória no primeiro turno pelo candidato do PT, Tarso Genro, que estará nesse sábado em Passo Fundo. "Estamos trabalhando intensamente sem olhar para as pesquisas. Vamos intensificar o trabalho de ir de casa em casa, fazer o corpo a corpo com a comunidade, olhar no olho das pessoas e conversar com elas. Tenho certeza que estaremos no segundo turno. Será essa mobilização que nos dará a vitória", garantiu o candidato.
Regionalização
Uma das grandes bandeiras de Fogaça é a regionalização, uma espécie de desenvolvimento específico para cada região. "Respeitaremos as particularidades. A região de Passo Fundo, por exemplo, é visto como um centro de oportunidades, através da força da universidade, do agronegócio e da indústria. Forças que se articulam para promover o desenvolvimento local", explicou o candidato.
O peemedebista disse que se eleito for apoiará essas particularidades oferecendo infraestrutura, formação de mão de obra através da educação técnica, proporcionando o acesso asfáltico para ligar os pequenos municípios, garantindo assim que a região tenha competitividade para se integrar aos mercados e crescer.
Educação
O candidato explicou que o Estado tem um índice de escolaridade muito baixo, onde as pessoas completam o ensino fundamental e não ingressam no ensino médio. "Temos uma média de permanência na escola de apenas seis anos. Isso impede a habilitação para o emprego e o ingresso na universidade. Vamos implantar um programa do PMDB Nacional chamado PróMédio, que prevê bolsas de estudo que habilita o cidadão a fazer cursos técnicos ou entrar na universidade", disse Fogaça.
Segurança
Em relação à superlotação dos presídios no Estado, que atinge Passo Fundo, Fogaça disse que não pode mais faltar à ampliação do efetivo da Brigada Militar e da Polícia Civil e faltar vagas no sistema prisional. "O Rio Grande do Sul é um Estado que recolhe ICMS em nível de causar inveja a outros estados brasileiros. Somos o 4º em recolhimento de impostos, mas o 14º em investimentos em segurança", enfatizou.
Para combater esse problema a proposta é criar um programa de reordenamento prisional distribuindo de maneira equilibrada em presídios menores, onde são mais fáceis de controlar os detentos. Será um projeto de médio a longo prazos.