Novo presidente brasileiro assumirá oitava economia do mundo e a maior da América Latina
Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O presidente eleito hoje (3) ou no segundo turno em 31 de outubro assumirá a oitava economia do mundo e a maior da América Latina, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com ranking organizado pela agência classificadora de risco Austin Rating com base em dados do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, do Brasil, a preços correntes, deve alcançar US$ 1,91 trilhão, em 2010, e continuar na oitava colocação. No topo da lista estão os Estados Unidos (US$ 14,79 trilhões), seguidos pela China (US$ 5,36 trilhões) e pelo Japão (US$ 5,27 trilhões). Acima do Brasil, em sétimo lugar, está a Itália (US$ 2,12 trilhões).
Segundo essas projeções, que vão até 2015, o Brasil deve permanecer na oitava posição pelo menos por esse período. Entretanto, está prevista uma mudança no cenário em 2015. O Brasil deve ultrapassar a Itália (US$ 2,40 trilhões) ao chegar a US$ 2,59 trilhões. Mas a Rússia irá superar o Brasil ao chegar a US$ 3,06 trilhões. Com isso, será mantida a oitava posição do Brasil.
Neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira teve, no primeiro semestre, crescimento recorde desde o início da série histórica em 1996. Nos seis primeiros meses de 2010, o PIB produzido no país cresceu 8,9% em relação ao primeiro semestre de 2009.
O IBGE também divulgou, em setembro, um comparativo do PIB do segundo trimestre de 2010 do Brasil com os dos outros países do Bric (grupo integrado pela Rússia, Índia e China, além do Brasil). O crescimento brasileiro de 8,8% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado foi igual ao da Índia, inferior ao da China (10,3%) e superior ao da Rússia (5,2%).
A projeção para o crescimento da economia este ano é 7,2%, segundo a proposta de Orçamento para 2011 enviada pelo governo ao Congresso Nacional. Para 2011, a expectativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) é de expansão de 4,5%.
A tarefa de manter o crescimento sustentável da economia no próximo governo envolve o controle dos preços na economia. A inflação oficial no país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 4,49% em 12 meses encerrados em agosto, próxima da meta estabelecida pelo governo para este ano e 2011, de 4,5%. Essa meta tem margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a limite inferior é de 2,5% e o superior, de 6,5%.
Cabe ao BC, cujo presidente será escolhido pelo próximo chefe de governo e aprovado pelo Senado, perseguir essa meta de inflação . Para isso, a instituição usa como um instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que deve encerrar 2010 no atual patamar de 10,75% ao ano, de acordo com a expectativa de analistas do mercado financeiro.
O Brasil que o próximo presidente assumir é o 24º país no ranking dos principais exportadores, segundo relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com base em dados da Organização Mundial do Comércio.
As exportações brasileiras, que em 2009 ficaram em US$ 153 bilhões (incluídos valores de reexportação), representam 1,2% do total do mundo. Em 22º e 23º lugar estão a Índia (US$ 155 bilhões) e Austrália (US$ 154 bilhões), respectivamente. No topo da lista está a China, com US$ 1,202 trilhão de exportações, seguida pela Alemanha (US$ 1,121 trilhão) e os Estados Unidos (US$ 1,057 trilhão). Entre os produtos exportados pelo Brasil estão açúcar, café, etanol, fumo, minério de ferro e soja.
Quanto às importações, em 2009 o Brasil ficou em 26º lugar no ranking, com US$ 134 bilhões importados (incluídos valores de reimportação). No mundo quem mais importa produtos são os Estados Unidos (US$ 1,604 trilhão), a China (US$ 1,006 trilhão) e Alemanha (US$ 931 bilhões).
A balança de serviços e rendas do Brasil (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros, viagens internacionais e outros) é deficitária em US$ 44,837 bilhões este ano até agosto e deve fechar 2010 com resultado negativo de US$ 67,5 bilhões, valor que deve subir para US$ 75 bilhões em 2011, segundo o BC.
O déficit em conta-corrente, registro das operações de compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, ficou em R$ 31,122 bilhões de janeiro a agosto deste ano e deve fechar 2010 em R$ 49 bilhões ou 2,49% do PIB, segundo previsão do BC. Para 2011, a expectativa é que esse déficit suba para R$ 60 bilhões ou 2,78% do PIB.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, precisa financiar o resultado negativo com empréstimos ou receber investimentos do exterior. O investimento estrangeiro direto no país este ano até agosto foi de US$ 17,130 bilhões, segundo o BC. A expectativa é que esse investimento que vai para o setor produtivo da economia chegue a US$ 30 bilhões até o final do ano, o que corresponderá a 1,53% do PIB, de acordo com a previsão do BC. Para 2011, a expectativa é de US$ 45 bilhões ou 2,08% do PIB.
Para completar o financiamento do déficit em conta-corrente, o país atrai também investimentos estrangeiros em carteira (ações e títulos públicos), que este ano até agosto ficou em US$ 26,716 bilhões. A projeção do BC é que esse valor chegue a US$ 38 bilhões ao final de 2010. Para 2011, a previsão é de US$ 36 bilhões.
Edição: Juliana Andrade
O presidente eleito hoje (3) ou no segundo turno em 31 de outubro assumirá a oitava economia do mundo e a maior da América Latina, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No topo da lista estão os Estados Unidos (US$ 14,79 trilhões), seguidos pela China (US$ 5,36 trilhões) e pelo Japão (US$ 5,27 trilhões). Acima do Brasil, em sétimo lugar, está a Itália (US$ 2,12 trilhões).
Segundo essas projeções, que vão até 2015, o Brasil deve permanecer na oitava posição pelo menos por esse período. Entretanto, está prevista uma mudança no cenário em 2015. O Brasil deve ultrapassar a Itália (US$ 2,40 trilhões) ao chegar a US$ 2,59 trilhões. Mas a Rússia irá superar o Brasil ao chegar a US$ 3,06 trilhões. Com isso, será mantida a oitava posição do Brasil.
Fonte: Agência Brasil