A 26 dias do segundo turno das eleições, o comando nacional do PSDB intensifica as articulações e redefine as estratégias. A ideia é ampliar a base de apoio do candidato da coligação O Brasil Pode Mais, José Serra, a partir do fortalecimento das lideranças regionais e da descentralização da campanha do eixo Sul-Sudeste para o restante do país. Para definir esses pontos, hoje, os aliados de Serra fazem uma convenção informal em Brasília. A busca do apoio da candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, será tema de uma reunião reservada dos líderes dos partidos que apoiam Serra: PSDB, DEM, PPS, PTB e PTdoB. Discretamente, assessores do candidato já iniciaram a aproximação com Marina e com o grupo que a cerca.
Paralelamente, a cúpula da campanha pretende rever o esquema de comunicação via propagandas eleitorais e horário gratuito. O objetivo é competir em condições semelhantes às da candidata do PT, Dilma Rousseff. Para os aliados de Serra, é fundamental mudar agora o modelo adotado no primeiro turno. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que as características da campanha no primeiro e no segundo turnos são diferentes. Segundo ele, o segundo turno envolve um “número qualificado” de atores e a “máquina da comunicação” de forma mais intensa. “É a campanha da mobilização, da motivação, da unidade e de atores com os mesmos propósitos”, disse o parlamentar.