Após a visita à Bienal de São Paulo, a candidata Dilma Rousseff afirmou que não dará passos à direita ou se tornará conservadora para vencer as eleições. “Não tenho o menor interesse em virar conservadora. Isso não é uma questão de debate, é de quem participa. Eu, do meu ponto de vista, não faço nenhuma virada para direita para poder me eleger”, disse. Ela argumentou que a democracia brasileira não contempla mais o discurso da década de 50, quando se fazia política rotulando as pessoas. “Não só é conservador como beirou todas as manifestações absurdas da guerra fria, do maior preconceito que existe no mundo. Criar e e pregar no adversário imagem [daquela época] é ridícula no século 21”, afirmou.
Bienal
Questionada sobre as obras de arte que retratam assassinatos de políticos, Dilma afirmou que esse espírito de liberdade de expressão precisa sempre ser preservado no país, em especial no ambiente artístico. “Nessa historia da tolerância, é fundamental que se tenha compreensão de que a cultura não pode ser objeto de censura. A obra de arte trabalha o simbólico e as pessoas têm direito de se manifestar culturalmente. Do ponto de vista estético é uma obra bonita do meu ponto de vista. Agora, o que ele quis dizer são outros 550. Depende do que ele quis expressar, agora fazer qualquer gesto contra essa obra é absurdo”, analisou.