O PT no Senado espera que, na próxima legislatura, a proporcionalidade dos partidos seja respeitada na escolha dos presidentes da Casa e também da Câmara dos Deputados. Com isso, o partido ficaria com a presidência da Câmara e o PMDB, com a do Senado. Entretanto, o PT ainda não indicou nomes para ocupar os cargos e não pretende interferir na escolha dos nomes de outros partidos para ocupar as cadeiras a que têm direito. "Cada bancada tem a responsabilidade de fazer suas indicações. Teremos a presidência na Câmara e a 1ª Secretaria no Senado", disse o líder do partido, Aloizio Mercadante (SP). Ele se reuniu ontem com o presidente do partido, José Eduardo Dutra, e com os senadores eleitos para discutir o posicionamento dos parlamentares no próximo governo. "Se houver qualquer alteração nesse quadro, queremos dialogar", completou Mercadante.
Ao contrário do que houve na Câmara, no Senado, o partido não pretende criar blocos para ter a maioria de senadores e, com isso, ter direito na disputa à presidência da Casa. O PT tem conversado com o PR, o PSB, o PCdoB e o PRB para formar um bloco no Senado. "Mas não faremos nenhum bloco maior que o PMDB, maior bancada na Casa. Será apenas para facilitar as votações nas comissões", explicou o líder do PT. Na Câmara, a formação do chamado blocão fará com que o grupo seja a maior bancada da Casa, com 202 deputados, número superior aos 87 que o PT terá na próxima legislatura. "Aqui [no Senado], haverá o respeito à proporcionalidade", afirmou o líder.
José Eduardo Dutra manifestou a mesma opinião. Ele disse que haverá o respeito à proporcionalidade não só em relação ao PT, na Câmara, mas também em relação a outros partidos. Apesar de garantir que não haverá conflito, Dutra disse que o rodízio entre o PT e o PMDB na presidência da Câmara é uma questão ainda a ser discutida com os peemedebistas. "Existem também outros partidos da base que precisam ser consultados."
PT confia na proporcionalidade para compor no Congresso
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