Natália Fávero/ON
Os partidos de oposição na Câmara de Vereadores serão maioria na Mesa Diretora no próximo biênio. A chapa liderada por Luiz Miguel Scheis (PDT), que deverá ser o próximo presidente da Casa, indica que das cinco vagas três ficarão com a oposição (PMDB, PP e PTB). Na última quinta-feira, 16, os partidos definiram a composição e já registraram oficialmente a chapa. Com isso, os vereadores Juliano Roso (PCdoB) e José Eurides de Moraes (PSB) que são da base do governo Dipp na Câmara e cogitavam a presidência desistiram de concorrer.
As articulações feitas pelo vereador Scheis com os partidos garantiram maior espaço para a oposição na composição da Mesa. Dos 12 vereadores, nove estão do lado de Scheis. De todos os partidos, os únicos que não estão apoiando a chapa e que deverão ficar fora são os vereadores Roso, Zé Eurides e Patric Cavalcanti (DEM). O único partido da base que está apoiando Scheis e que fará parte da Mesa é o PT, através de Rui Lorenzato.
Scheis não quis revelar a composição oficial da Mesa, mas pelas informações repassadas por ele e publicadas pelo Jornal O Nacional nos dias anteriores se constata que a vice-presidência ficará com João Pedro Nunes (PMDB), a 1ª Secretaria com Rui Lorenzato (PT), a 2ª com Rafael Bortoluzzi (PP), a 3ª com Paulo Neckle (PMDB) e a 4ª com Aristeu Dalla Lana (PTB). Conforme informações, ainda poderá haver mudanças nessa composição até segunda-feira. “A chapa está praticamente definida. Um grupo de nove vereadores está fechado, mas a decisão não é única é do grupo todo. Ainda estamos tentando a adesão e o consenso dos 12 vereadores”, disse Scheis.
O vereador Zé Eurides declarou que Scheis se adiantou, fez as articulações individuais e os demais vereadores acolheram a proposta dele e por isso desistiu da disputa. “O Luiz Miguel montou a chapa e respeitamos a decisão. O PSB decidiu por não participar. A maioria da composição ficou para a oposição”, declarou.
Cavalcanti também se manifestou e disse que se sente honrado por ter participado durante dois anos como 4ª secretário e respeita a posição dos demais vereadores. “Caso essa mesa se confirme haverá uma composição pluripartidária sendo que todos durante as gestões participarão dela”, disse.
Basegio renuncia
Para ser diplomado, o deputado estadual eleito Diógenes Basegio(PDT) renunciou o cargo de vereador, na sexta-feira. Basegio estava licenciado e era substituído pelo segundo suplente do PDT, vereador Sidnei Ávila, que permanece no cargo até o final de dezembro. O primeiro suplente do PDT é o secretário de Saúde, Alberi Grando que se licenciou até o final do ano. Grando deve voltar ao Legislativo em 1º de janeiro de 2011. Ele agradeceu a colaboração dos demais vereadores que em sua visão foram parceiros, independentemente de serem de partidos da situação ou oposição. “Nós conseguimos aprovar bons projetos para o povo, e, por isso, fico muito feliz. Nesta sexta-feira fui diplomado e enfrentarei um novo momento em minha vida representando o meu estado, principalmente a minha cidade e região”, destacou.