Dilma recebe autoridades internacionais

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A presidenta Dilma Rousseff iniciou os trabalhos hoje (2) no Palácio do Planalto, onde chegou às 9h27. O primeiro compromisso da presidenta foi uma audiência com o príncipe Felipe de Astúrias, herdeiro da Coroa espanhola. A audiência com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que estava marcada para as 9h, não ocorreu porque ele decidiu retornar ao seu país na noite de ontem, após participar da cerimônia de posse.

O primeiro dia de trabalho de Dilma está sendo dedicado a encontros com autoridades internacionais. Também participam dos encontros o secretário especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que na parte da tarde, tem sua cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Itamaraty.

A presidente Dilma recebeu o presidente do Uruguai, José Mujica; o primeiro-ministro da Coreia, Kim Hwang-Sik; o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates; o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; o vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado Ventura, e o ex-primeiro-ministro do Japão Taro Aso. Cada reunião bilateral tem duração prevista de 30 minutos.

Dívida pública portuguesa

Na reunião que teve hoje (2) com a presidenta Dilma Rousseff, o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, evitou falar sobre a proposta feita por Portugal de vender ao Brasil títulos da dívida pública portuguesa. A oferta foi feita no início de dezembro em uma reunião do ministro das Finanças do país europeu, Fernando Teixeira dos Santos, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Após o encontro, Mantega descartou o interesse do Brasil pelos papéis.

“Não conversamos em detalhes sobre isso. Isso competirá certamente às autoridades financeiras do Brasil. A dívida soberana portuguesa está no mercado e, aliás, é um bom investimento que eu recomendo”, disse José Sócrates, que classificou o encontro mais como uma “visita de cortesia”.

Portugal enfrenta desde a segunda metade de 2010 um aprofundamento de sua crise econômica, assunto que o primeiro-ministro evitou comentar na saída da reunião com Dilma. Para José Sócrates, intensificar as relações com o Brasil tem um valor estratégico.

“Nesses últimos anos, o mundo mudou muito em várias dimensões. Essas mudanças foram muito significativas. Uma delas é da maior importância para Portugal. A afirmação do Brasil tanto em nível político quanto em nível econômico”, considerou. “É por isso que para Portugal se a relação com o Brasil já era uma prioridade, transformou-se em uma prioridade ainda maior”, completou.

José Sócrates informou que pretende incentivar parcerias entre empresas portuguesas e brasileiras, como as já em curso entre a Petrobras e as empresas de energia portuguesas Galp e EDP. Em maio de 2010, a Petrobras firmou parceria para a produção de biodiesel em Portugal. A estatal brasileira também assinou com o governo português um acordo que definem a exploração de hidrocarbonetos em águas profundas na Bacia do Alentejo.

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