O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, negou nesta quinta-feira (13) que haja qualquer divergência dentro do próprio governo sobre o reajuste do salário mínimo e voltou a afirmar que a decisão final cabe ao Congresso Nacional.
Na semana passada , o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que qualquer aumento na proposta de R$ 540 seria vetado. Lupi, por sua vez, afirmou que, durantes as discussões internas do governo federal, defendeu um reajuste maior, para R$ 560, mas sua proposta não foi aceita.
Após participar de entrevistas durante o programa de rádio Bom Dia, Ministro (produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços), ele lembrou que, em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) do país apresentou queda, provocada pela crise financeira e que isso impactou o reajuste que poderia ser dado ao salário mínimo.
Em relação à ameaça feita por centrais sindicais de entrar na Justiça caso o montante de R$ 580 não seja alcançado, o ministro disse apenas que as entidades têm o direito de reivindicar, mas que o Congresso Nacional é soberano em suas decisões.
“O governo tem uma posição. Eu até defendia antes um salário bem maior. A gente não pode fazer uma lei que se adapte à vontade do ministro ou de qualquer um a cada momento. A lei diz que é crescimento do Produto Interno Bruto mais a inflação do período. Infelizmente, em 2009, por causa da crise, o desempenho foi negativo. Isso levou o trabalhador a não ter um ganho tão grande como teve das últimas vezes”, concluiu.
O modelo atual de cálculo de reajuste do salário mínimo garante a correção anual pela inflação e tem também como base o percentual de crescimento do PIB do ano anterior ao envio da proposta orçamentária ao Congresso, que neste caso seria o de 2009. No entanto, por causa dos efeitos da crise financeira internacional, o PIB de 2009 teve desempenho negativo.
Com informações da Agência Brasil