Senado elege suplentes da Mesa Diretora

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 O Senado votou hoje (3) a chapa única que definiu os suplentes da Mesa Diretora da Casa. Foram eleitos os senadores Gilvam Borges (PMDB-AP), João Durval (PDT-BA), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM). Eles vão ficar, respectivamente, nas suplências da 1ª, 2 ª, 3ª e 4ª secretarias.

A escolha dos suplentes fez parte de uma negociação maior, que envolvia as presidências das comissões e que tem criado problemas entre governo e oposição. A base aliada, que assumirá as presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com o PMDB, e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com o PT, queria ter também o comando da Comissão de Infraestrutura (CI). Por sua posição na ordem de escolha, seguindo o critério da proporcionalidade, contudo, o PSDB é que ficará com a Comissão de Infraestrutura..

Para evitar que a Comissão de Infraestrutura - responsável, por exemplo, pela sabatina dos presidentes e diretores de agências reguladoras e pela fiscalização do Programa de Aceleração do Crescimento – caísse nas mãos da oposição, PT e PMDB tentaram negociar. Ofereceram uma suplência e a Comissão de Agricultura para o DEM, partido aliado ao PSDB.

 Mas os tucanos queriam mais. A proposta do líder Álvaro Dias (PSDB-PR) era a de que o partido não ficaria coma a Comissão de Infraestrutura se pudesse escolher outras duas também importantes, como as de Relações Exteriores, Educação ou Fiscalização e Controle. Diante da falta de acordo com o PT, o PSDB anunciou ontem que ficará então com aquilo que lhe cabe por direito e escolherá, na próxima semana, o nome do senador que dirigirá a Comissão de Infraestrutura

 Para complicar ainda mais o clima logo no início da legislatura, a base aliada recuou da oferta de deixar a Comissão de Agricultura com o DEM. “O objetivo dessa cessão da Agricultura era viabilizar um acordo. Como não houve acordo geral, não vamos fazê-lo pela metade”, avisou o líder do PT, Humberto Costa (PT-PE). Segundo ele, o PDT deverá receber a presidência da comissão.

 Já o líder democrata, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), negou que o acordo estivesse atrelado à concessão da presidência da Comissão de Infraestrutura e disse que espera que a palavra empenhada com o partido seja cumprida. “Está acordado com o PMDB. Eu confio na palavra que foi fechada”, disse hoje o líder.

 As eleições para a formação das comissões deverão ocorrer a partir da próxima semana.

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