Fernanda Bruni/ON
A Câmara de Vereadores aprovou, ontem, por unanimidade, o projeto de Lei nº 09/2011, de autoria do Poder Executivo que autoriza a abertura de crédito adicional especial no valor de pouco mais de R$ 2 milhões no orçamento vigente. O dinheiro servirá para a compra da área de 45 hectares que, posteriormente, deverá ser doada à empresa Manitowoc Crane Group América, que vai construir guindastes para exportar para a América Latina.
Sem discussão, o presidente da Câmara, Luiz Miguel Scheis (PDT), comentou que começar o ano votando um projeto dessa envergadura, e por unanimidade, o deixou bem feliz. “O projeto chegou às 16h30 na casa, recebi a ligação do prefeito Airton Dipp (PDT), falando da importância que este tinha, começamos as articulações para a aprovação do mesmo e votamos às 20h. Nós fizemos a nossa parte em prol do desenvolvimento de Passo Fundo”, disse.
Sobre o projeto chegar tão em cima da hora para votação, Luiz Miguel disse que já questionou o prefeito sobre isso e que a Câmara não mais aceitará esse tipo de atitude. “O que fizemos hoje foi não ficar com o ônus da desaprovação. Nós aprovamos o projeto para que a empresa venha, gere empregos e desenvolva o município. Mas já avisei o senhor prefeito que os demais projetos vindouros deverão ser entregues com antecedência para que possamos fazer um estudo e votar com melhores condições de informação”, declara
Outros destaques da sessão estiveram relacionados a sujeira nas ruas da cidade e a poluição sonora. Os vereadores Roque Letti (PDT), Rafael Bortoluzzi (PP) e Márcio Tassi (PTB) declararam estar envergonhados de andar pelas ruas da cidade e cobraram do poder público providências para esse problema. Patric Cavalcanti (DEM) destacou a poluição sonora e pediu fiscais que multem ou confisquem os aparelhos de som daqueles que fazem as badernas pelas ruas. Já o vereador Juliano Roso (PC do B) destacou o interesse de novas empresas aéreas (Trip e Azul) em operar no município e pediu para que a Casa se manifeste politicamente junto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para garantir que estas e outras empresas venham trazer suas operações.
